© REUTERS/Yuri Gripas
O procurador-geral dos Estados Unidos, Jeff Sessions, anunciou nesta quinta-feira (2) que se absterá das investigações sobre uma possível interferência da Rússia na eleição presidencial de novembro passado.
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Embora alegue inocência e "honestidade", Sessions diz ter seguido recomendações de sua equipe após a revelação de que ele manteve conversas com o embaixador russo em Washington, Sergey Kislyak, antes do pleito que culminou na vitória do republicano Donald Trump.
Segundo o jornal "The Washington Post", os dois diálogos ocorreram em julho e setembro de 2016, quando o atual procurador-geral era conselheiro para política externa da campanha do magnata. Contudo, em sua audiência no Senado, em janeiro de 2017, Sessions negou ter mantido qualquer contato com o governo russo.
Pouco antes do anúncio, o próprio Trump chegou a dar um voto de confiança ao procurador-geral e afirmou que ele não devia se afastar do inquérito sobre as supostas ingerências de Moscou. Já os membros do Partido Democrata cobram sua renúncia.
Sessions tomou posse como secretário de Justiça, o que também lhe dá o cargo de procurador-geral, no início de fevereiro, após a demissão da interina Sally Yates, que se negara a defender o decreto anti-imigração de Trump.
Ele já é o segundo assessor do presidente dos EUA envolvido diretamente no escândalo da Rússia. Também em fevereiro, o conselheiro para segurança nacional Michael Flynn teve de renunciar por ter escondido contatos telefônicos com o embaixador de Moscou em Washington.
Atualmente, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos investiga uma suposta interferência russa na eleição do ano passado, quando o Kremlin teria patrocinado hackers para vazarem informações confidenciais do Partido Democrata e prejudicar Hillary Clinton. (ANSA)