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O vice-ministro da Saúde Nacional e da Comissão de Planejamento Familiar da China, Wang Peian, revelou no último final de semana que uma medida para estimular a natalidade está sendo analisada pelo governo. Até o ano passado, o país mais populoso do mundo ainda contava com a chamada política do filho único. Mesmo com o fim desta política, menos crianças do que o necessário nasceram no país.
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A queixa das possíveis futuras mães, que somam cerca de 90 milhões de mulheres, é a falta de dinheiro para ter outro filho. Daí surgiu a ideia do governo de fornecer suporte financeiro às famílias.
Uma pesquisa realizada em 2015 no país indicou que 60% das famílias entrevistadas não pensavam em ter um segundo filho, o que equivale a 1,3 milhão de pessoas a mais do que registrado na pesquisa realizada no ano anterior.
Segundo a Comissão de Saúde Nacional e Planejamento Familiar, em 2016 nasceram 18,46 milhões de bebês na China, 11,5% a mais do que em 2015. Mas isso não seria suficiente para resolver o problema demográfico no país.
"Está totalmente dentro das expectativas. Mas ainda há barreiras que precisam ser contornadas. (...) Ter um segundo filho é um direito de cada família na China, mas o custo se tornou um gargalo que prejudica a decisão" disse Peian em uma conferência sobre bem-estar social.
Ainda não se sabe o que o governo está disposto a oferecer às famílias como incentivo. As possibilidade mais comuns são prêmios pelo nascimento e subsídios.
De acordo com O Globo, o envelhecimento da população e a redução do número de pessoas na faixa de idade considerada economicamente ativa levaram o governo chinês a flexibilizar a política do filho único, vigente desde 1979.
Outros países como Japão, Austrália, Rússia e Alemanha também têm programas que incentivam a natalidade.
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