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Com capacidade para abrigar 847 detentos, a penitenciária de Cerqueira César, em São Paulo, tem 1.800. O cenário é de tensão e medo, inclusive por parte dos agentes penitenciários.
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"A preocupação do sindicato é sempre com os servidores porque, além de tudo isso, você tem questões de problemas de saúde, doenças infecto contagiosas, além da situação como você teve em Bauru, no CPP3”, afirma o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindcop), Gilson Pimental.
Os agentes trabalham por turno, sendo 25 deles em cada um. Ou seja, cada profissional fica responsável por 72 detentos. O número recomendado pela ONU e pelo Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária é, no máximo, cinco reeducandos.
Em 2015, o Sindcop entrou com uma ação cível pedindo que os presos excedentes fossem transferidos. Na época, a penitenciária estava com 1.492. Até agora, nada mudou.
"É muito difícil, celas com mais de 30 detentos, todas abarrotadas. A gente vive um clima muito tenso. Tenho medo de trabalhar aqui”, desabafa Pimentel.
Problemas com o fornecimento de água e energia só agravam a situação. "A unidade é projetada para 847 presos e hoje está custodiando mais de 1,8 mil. Isso gera outros tipos de problemas, como racionamento de água e energia, né? Também implica na segurança da unidade”, conta um agente, sem se identificar.
Em nota, a SAP informou que, desde o início do plano de expansão de unidades prisionais, o órgão entregou mais de 20 mil vagas. Até o momento, já foram inauguradas 23 e outros 16 presídios estão em construção. Além disso, está sendo feito investimento em automatização das portas das celas, por exemplo, para garantir mais segurança aos agentes. as informações são do portal G1.
Ainda de acordo com a SAP, está sendo investido no sistema semiaberto para a criação de mais vagas, segundo a Secretaria. O órgão também destaca a realização de mutirões com o apoio da Justiça para dar andamento aos processos dos detentos que já estão em conclusão das penas.
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