© Paulo Whitaker / Reuters
Protagonistas durante as manifestações que pediram o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), o Movimento Brasil Livre (MBL) e o Vem pra Rua têm novos protestos marcados para o próximo dia 26.
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Como de costume, a Avenida Paulista será o palco das reivindicações. Mas, desta vez, não agirão juntos. Enquanto o MBL sai em marcha até o largo da Batata, o Vem pra Rua permanecerá parado, na lateral do Museu de Arte de São Paulo (Masp).
Os objetivos em comum de ambos são a defesa da Operação Lava Jato e a crítica a qualquer tipo de acordo político que limite as investigações.
A ideia de fazer uma manifestação móvel, segundo explica Kim Kataguiri, membro da coordenação do MBL, se deu porque o grupo acredita que, desta forma, o protesto causa mais impacto.
"Em movimento, a visibilidade é maior, as pessoas prestam mais atenção. Achamos que vale testar esse formato", afirma.
A perspectiva de haver menos participantes também contou. De acordo com informações da Folha de S. Paulo, no último ato, em dezembro de 2016, apenas 15 mil pessoas estiveram presentes, segundo a Polícia Militar.
Mas Kataguiri acredita que, a depender dos acontecimentos desta semana, quando a Procuradoria Geral da República pode pedir a abertura de novos inquéritos, motivados pela delação premiada da Odebrecht.
Além do formato das manifestações, outra diferença entre os grupos surge no momento em que, enquanto o MBL incluiu entre as bandeiras do ato temas como a reforma da Previdência e a revogação do Estatuto do Desarmamento, o Vem Pra Rua centrou sua pauta na defesa das investigações em curso.
No entanto, algo entre os dois movimentos deve mesmo perdurar: ambos deixam claro que os atos não são contra o presidente Michel Temer.
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