© Ueslei Marcelino / Reuters
Para garantir a aprovação da Reforma da Previdência até meados deste ano mesmo com resistência de parlamentares e após licença médica sem previsão de retorno do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, que é principal negociador do projeto no Congresso, a equipe do presidente Michel Temer organizou uma força-tarefa e está trabalhando a todo vapor.
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O ministro foi submetido a uma cirurgia para a retirada da próstata e segue internado no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, sem data definida para voltar às atividades em Brasília. Além disso, o nome dele está enfraquecido após ser citado nas delações da Odebrecht por possível envolvimento em esquema de corrupção.
De acordo com O Globo, Temer e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tomaram a frente das negociações para assegurar a aprovação da reforma. Os políticos participaram de reuniões com o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy; o ministro da Secretaria Geral, Moreira Franco; e os líderes do governo que assumirão os cargos a partir desta semana: senador Romero Jucá (PMDB-RR), no Senado; deputado André Moura (PSC-SE), articulador do chamado centrão; e deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), na Câmara.
Um dos integrantes da força-tarefa contou que "o governo montou um time, agora temos que começar a jogar e mostrar resultados". "O vácuo deixado por Padilha é grande, mas até ele retornar vamos tocar essa pauta para não ter atrasos. Não tem o que esperar. O motor continua girando", disse ele.
O governo quer aprovar as alterações com o mínimo de alterações possível. Um jantar será promovido nesta segunda-feira (6), no Planalto, para falar sobre o assunto.
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