Brasileira pode pegar 40 anos de prisão por tráfico nas Filipinas

Presidente do país trava guerra violenta contra traficantes e usuários de drogas

© Reprodução / Fantástico

Mundo linha dura 06/03/17 POR Notícias Ao Minuto

A brasileira Yasmin Fernandes, de 20 anos, está detida desde 15 de outubro de 2016 em um presídio da região metropolitana de Manila, capital das Filipinas, sob a acusação de tráfico de drogas. O presidente do país Rodrigo Duterte lidera uma política de extermínio a traficantes e até mesmo a usuários no país.

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A jovem foi presa quando desembarcou no aeroporto Ninoy Aquino, em Manila. O voo dela saiu de São Paulo, e fez escala em Dubai, nos Emirados Árabes, antes de chegar às Filipinas.

Agentes da polícia dos Estados Unidos, que ficam no aeroporto de Dubai, sugeriram aos filipinos que revistassem as malas da brasileira. A parceria entre os países para o combate ao tráfico de drogas tem aumentado o número de apreensões.

Foram encontrados 5,8 kg de cocaína escondidos num forro acolchoado da mala de Yasmin.

O chefe da agência de combate às drogas do país, Wilkins Villanueva, afirma que a maioria da cocaína que tenta entrar nas Filipinas sai do Brasil, especificamente do Rio de Janeiro. Grande parte dos transportadores da droga não são brasileiros, há também malaios, filipinos e russos. Para ele, "o governo brasileiro precisa estar vigilante".

Duterte é conhecido por tomar medidas duras e por fazer discursos agressivos e controversos. No passado, ele se comparou a Adolf Hitler, dizendo que, assim como o alemão matou milhares de judeus, ele adoraria matar os usuários de drogas. A polícia local é autorizada pelo presidente a matar traficantes e também usuários.

Segundo disse o advogado de Yasmin, Keneth Tiu, em entrevista ao "Fantástico", "os juízes e os promotores estão bem mais rigorosos nos processos envolvendo drogas por causa do presidente Duterte. Isso deixa as coisas mais complicadas para Yasmin". "O caso dela é muito difícil", concluiu ele.

O processo da brasileira está na fase de pré-julgamento, que inclui apresentação de provas, documentos e entrevistas. A pena pode chegar a 40 anos. No país, não existe pena de morte.

Leia também: Proposta de Trump prevê separar mães e filhos que cruzarem fronteira

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