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O Ministério Público Federal (MPF) solicitou à Justiça que o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) seja condenado a devolver US$ 77,5 milhões à Petrobras. O valor serviria para ressarcir o prejuízo causado à estatal após compra áreas de exploração de petróleo no Benin.
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De acordo com o jornal O Globo, a operação teria rendido o pagamento de quase US$ 10 milhões em propinas. Deste total, Cunha teria embolsado US$ 1,5 milhão. Os beneficiários dos restantes US$ 7,8 milhões ainda não foram revelados.
Os procuradores defendem que Cunha, como deputado federal, não deveria cometer atos atos incompatíveis com o decoro parlamentar. "A conduta social do acusado deve ser valorada negativamente, na medida em que Eduardo Cunha, na qualidade de deputado federal e de pessoa politicamente exposta, deveria ter mantido sua reputação ilibada, ter atuado em conformidade ao interesse da coletividade e, na qualidade de legislador, ter respeitado e cumprido as leis", afirma o documento.
Cunha é descrito, ainda, como alguém suspeito pois "recorrentes atos criminosos por ele praticados denotam uma personalidade voltada para a prática criminosa". Os procuradores afirmam que o ex-parlamentar manteve contas não-declaradas no exterior pelo menos desde 2001, quando ainda era deputado estadual no Rio.
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