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O alvo da vez do presidente norte-americano Donald Trump é o ex-presidente Barack Obama. Só nos últimos sete dias, Obama foi acusado por Trump de grampeá-lo durante a corrida eleitoral, de estar por trás dos protestos anti-Trump e de ter tomado uma atitude equivocada por ter libertado de Guantánamo prisioneiros que, neste momento, estariam ligados ao terrorismo. Além de dizer que o democrata é "doente" e "fraco"
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Conforme pontuado pelo jornal "Folha de S. Paulo", críticas a governos antecessores são comuns, o que chama a atenção é o tom agressivo do presidente e as acusações sem provas.
O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, disse nesta terça-feira (7) que o republicano não se arrepende nem pretende voltar atrás no caso da denúncia que fez pelo Twitter, no último no sábado (4), de que Obama tinha colocado escutas telefônicas na Trump Tower durante a campanha eleitoral.
Por que ele retiraria [a acusação] enquanto ela não foi investigada?", disse Spicer. Para ele, "não é uma questão de provas".
Após denúncia, a Casa Branca solicitou ao Congresso dos Estados Unidos que verificasse se Obama abusou de sua "autoridade investigativa", como afirma Trump. No entanto, segundo o jornal "New York Times", o diretor do FBI, James Comey, já teria pedido ao Departamento de Justiça que negasse as acusações de espionagem.
Não bastando toda a repercussão e polêmica causada pelas acusações de grampo, nesta terça-feira (7), também pelo Twitter, Trump escreveu que, em "outra terrível decisão", o ex-presidente liberou 122 "prisioneiros cruéis" de Guantánamo, que teriam voltado às atividades.
As declarações estão incomodando a equipe do governo Obama. Para Denis McDonough, ex-chefe de gabinete, a equipe do ex-presidente deve reagir. "O que testemunhei nos últimos dias foram ex-colegas se pronunciando contra inverdades quando foi necessário. Isso é não recuar dos ataques, não é buscar o conflito", disse ao "New York Times".
A assessoria de Barack Obama disse, em nota, que as acusações de espionagem são falsas e não comentou mais o caso.
Para o historiador Julian Zelizer, da Universidade de Princeton, o ex-presidente não deve entrar no jogo do magnata. "Trump está constantemente procurando um vilão. Ele tem feito isso desde a campanha, e Obama é a nova Hillary, a pessoa por trás dos problemas que ele enfrenta", acredita ele.
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