© Reuters / Adriano Machado
A delação do ex-executivo da Odebrecht José Carvalho Filho confirma o envolvimento de Eliseu Padilha no episódio sobre o repasse de dinheiro da empreiteira para a campanha do PMDB de 2014, mas difere do depoimento prestado por José Yunes, ex-assessor e amigo de Michel Temer.
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Na versão de Yunes, Lúcio Funaro, um operador financeiro ligado ao ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), levou um pacote a seu escritório a pedido de Padilha, mas afirmou não saber o que tinha dentro.
Já José Carvalho Filho diz que a entrega do montante foi feita no escritório de advocacia de Yunes, em São Paulo, mas não por Lúcio Funaro. Ele conta que outra pessoa, cujo nome ainda não foi revelado e que seria operador do "departamento de propina" da empresa, fez a entrega.
Segundo a Folha de S. Paulo, José Filho irá prestar depoimento no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), na próxima sexta (10), dentro do processo de cassação da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer. É esperado que, na oportunidade, ele revele o nome do operador que fez a entrega do dinheiro a Yunes.
José Yunes nega a afirmação e diz que "jamais recebeu qualquer documento de algum representante da empresa Odebrecht".
Até o momento, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, ainda não se manifestou sobre o assunto.
Já o advogado que defende Lúcio Funaro, Bruno Espiñera, diz que seu cliente "jamais foi operador da Odebrecht" e que "jamais foi levar dinheiro da construtora" no escritório de José Yunes.
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