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Ondas de calor, irritação, insônia, dores de cabeça, perda da libido, ansiedade e até mesmo depressão. São muitos os sintomas que podem aparecer no corpo das mulheres durante a menopausa, período que acaba gerando também muitas incertezas para a grande maioria delas.
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E foi com o objetivo de sanar as principais dúvidas acerca deste tema que a NotreDame Intermédica realizou, no último dia 07 de março, a Oficina de Saúde “Mulheres em um relacionamento sério com a Saúde”, onde clientes e convidadas puderam assistir a uma palestra do Dr. Gilmar Osmundo, especialista em Ginecologia e Obstetrícia. Confira abaixo as orientações do especialista:
1. Antes da menopausa, o Climatério – O Climatério nada mais é do que o período que antecede a menopausa, quando o organismo deixa de reproduzir, de forma lenta e gradativa, os hormônios estrogênio e progesterona. Não há uma data pré-estabelecida para o início do Climatério, mas ele possui alguns sintomas, como a irregularidade menstrual, fluxos mentruais mais intensos, sensibilidade mamária e piora da TPM.
2. A menopausa e seus sintomas – Em média, a menopausa ocorre entre os 45 e 55 anos e seu início só pode ser considerado após um ano do último ciclo menstrual. Pode causar transformações no organismo e aumentar o risco de aparecimento ou agravamento de doenças graves. Seus sintomas mais comuns são: ausência de menstruação; ressecamento vaginal e de toda a pele do corpo; ondas de calor (atingem entre 60% e 80% das mulheres); sudorese noturna; urgência e incontinência urinária; osteoporose – perda de massa óssea; diminuição da libido; insônia; alteração na distribuição da gordura corporal; diminuição da atenção e da memória; depressão; instabilidade emocional.
3. Alívio dos sintomas – Os chamados tratamentos não-farmacológicos, como o uso de fitoterápicos, além da realização de sessões de acupuntura e relaxamento, são ótimos aliados para a diminuição ou alívio dos sintomas da menopausa.
4. O período pós-menopausa – Neste período, percebe-se significativa melhora dos sintomas iniciais. Contudo, há maior risco para o desenvolvimento de algumas doenças, como as cardiovasculares, que aumentam aproximadamente de três a sete vezes no sexo feminino após a menopausa. Percebe-se, ainda, o aumento dos níveis de colesterol, da pressão arterial e gordura abdominal, bem como maior incidência de casos de câncer de mama e diabetes.
5. Prevenção – A realização de consultas regulares é ainda mais importante neste período, com exames de mamografia, que devem ser realizados anualmente, além dos exames de PAPANICOLAU, desintometria óssea (osteoporose) e avaliações cardiológicas. Manter uma dieta saudável, não fumar e praticar exercícios físicos também auxiliam de maneira siginificativa na prevenção.
6. Reposição Hormonal – É a reposição dos hormônios que eram produzidos pelos ovários antes da menopausa: estrogênio e progesterona, visando amenizar e/ou reverter os sintomas. Esta terapia traz como benefícios o alívio das ondas de calor, reduzir os riscos de ósteoporose, reduzir o risco de diabetes tipo 2, trazer efeitos positivos no humor e na qualidade do sono, diminuir a irregularidade menstrual, melhorar a função sexual e diminuição de câncer colorretal.
7. Contra indicações e efeitos colaterais – A reposição não é indicada ou necessária para todo mundo. Ela é utilizada em pacientes com menos de 60 anos, nos anos iniciais do climatérico e pelo menor tempo possível (no máximo, 5 anos). Também não é indicada para pessoas que já tiverem ou possuem histórico familiar de câncer de mama, câncer de endométrio, sangramento vaginal de causa desconhecida, doenças coronáreas e cerebrovascular, doença trombólica ou tromboembólica venosa e lúpus eritematoso sistêmico. Para quem faz uso da reposição hormonal, os efeitos colaterais podem ser sangramentos mentruais, sensibilidade mamária, retenção de líquidos, cefaleia e enxaqueca.