Projeto de Doria para grafites pagará até R$ 40 mil

Também ficou determinado que as obras não poderão ter cunho político

©  Divulgação

Brasil patrocínio 11/03/17 POR Folhapress

O programa do prefeito João Doria (PSDB) para patrocinar grafites na capital paulista pagará até R$ 40 mil aos projetos selecionados, segundo anúncio feito nessa sexta-feira (10) pela prefeitura. Também ficou determinado que as obras não poderão ter cunho político.

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"A comissão dos grafiteiros, junto conosco, de maneira unânime, propôs que não serão permitidas manifestações de cunho político, religioso ou discriminatório", disse o secretário municipal de Cultura, André Sturm.

O programa, batizado como MAR (Museu de Arte de Rua), já tinha sido anunciado, no final de janeiro, depois de o prefeito receber críticas de artistas urbanos e ser vaiado no evento no aniversário de São Paulo por pintar de cinza paredes com pichações e grafites.

Ao todo, oito projetos serão selecionados por uma comissão. Quatro serão de grupos com, no mínimo, seis integrantes, que contarão com uma verba de R$ 40 mil, e outros quatro de, no mínimo, três artistas, receberão R$ 10 mil. Os valores serão para pagamento dos artistas, materiais, equipamentos, registro.

A gestão de Fernando Haddad (PT) já havia pago cachê de R$ 2.000 a cada um dos 450 grafiteiros que pintaram murais na avenida 23 de Maio. A governo Doria, porém, mandou apagá-los no primeiro mês de sua gestão, justificando que as obras estavam pichadas.

Pelo projeto atual, os artistas terão que indicar, nos projetos, o local onde pretendem fazer as pinturas, desde que seja uma área pública, na hora da inscrição, que começa na próxima segunda (13) e segue até 13 de abril.

"A ideia é que a gente lute por mais liberdade, inclusive para não necessariamente precisar de autorização sempre para fazer [grafite], que a gente tenha liberdade para fazer as mensagens que a gente julga importante, mas acredito que isso talvez seja tomado aos poucos", disse o grafiteiro Mauro Neri, que chegou a ser preso neste ano quando tentava remover a tinta cinza sobre um de seus trabalhos no complexo Viário João Jorge Saad, na zona sul. Com informações da Folhapress.

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