© REUTERS / Jeon Heon-Kyun/Pool
A ex-presidente sul-coreana Park Geun-Hye deixou neste domingo (12) o palácio presidencial, dois dias após ter sido destituída por meio de um processo de impeachment.
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Ela deixou a Casa Azul por volta das 7h (horário de Brasília) e foi para a sua residência particular, em Seul.
A Corte Constitucional do país confirmou na sexta-feira (10) a destituição de Park, votada em 9 de dezembro de 2016 pela Assembleia Nacional. Ela estava envolvida em um escândalo de corrupção.
Na sexta (10), três pessoas morreram e dezenas ficaram feridas nos confrontos entre a polícia e apoiadores de Park, que são a minoria no país.
O país fará novas eleições em dois meses e o candidato liberal é o favorito, após quase 10 anos de governo conservador.
A confirmação de sua destituição priva Park de todos os poderes e privilégios, exceto em termos de segurança. A perda de sua imunidade a expõe a eventuais ações legais.
Park é filha do ditador Park Chung-Hee e se tornou a primeira presidenta da Coreia do Sul, ao ser eleita em 2012 com a maior votação da história democrática do país.
De acordo com a imprensa sul-coreana, ela acompanhou pela televisão, sozinha em seu quarto, o anúncio da decisão da justiça.
Incrédula, imediatamente telefonou para seus conselheiros para confirmar o desfecho do caso, segundo o jornal sul-coreano "Chosun Ilbo".
De acordo com seus conselheiros, citados pelo jornal, ela não tem planos imediatos de emitir um comunicado de imprensa sobre a decisão da Corte ou sobre suas próprias intenções.
"A presidente pareceu surpreendida com a decisão", afirmou um dos conselheiros que não foi identificado pelo jornal, acrescentando que "deseja ficar sozinha neste momento".
O caso que abalou a política sul-coreana envolve Choi Soon-sil, confidente e amiga íntima da presidente, acusada de ter utilizado a relação para enriquecer e influenciar as decisões políticas.
Chamada de "Rasputina" pela imprensa, Choi Soon-sil foi detida em novembro e aguarda julgamento por coação e abuso de poder. Com informações da Folhapress.
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