De volta, Padilha diz que não vai falar 'sobre o que não existe'

Ministro se refere a delação que relata participação dele em esquema de Cunha

© Reuters / Ueslei Marcelino

Política Odebrecht 13/03/17 POR Folhapress

De volta ao Palácio do Planalto após licença de 21 dias, o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) afirmou que não vai falar "sobre o que não existe", em referência às declarações de um delator da Odebrecht e do ex-assessor da Presidência José Yunes, que relatam a participação do ministro no episódio da entrega de um pacote no escritório do advogado, em 2014, por um operador do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

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"Não vou falar sobre o que não existe. Está tudo baseado num delator", disse Padilha.

Às vésperas da divulgação da lista de Janot, em que o procurador-geral da República pedirá abertura de inquérito para pelo menos 80 nomes, o ministro da Casa Civil afirmou que o presidente Michel Temer "já firmou uma linha de posicionamento do governo" e que "citação não é motivo para nada".

"Qualquer fala agora é prejudicial. Ficarei quieto", afirmou o Padilha.

No mês passado, Temer afirmou que um ministro denunciado será afastado temporariamente de seu governo. Em definitivo, somente depois de virar réu.

Com as tensões aumentadas no Planalto e no Congresso com a proximidade da lista de Janot, auxiliares do presidente mantém esse discurso para justificar que, mesmo que algum ministro esteja na lista, ele não será afastado de imediato. Somente se a denúncia for aceita.

RETORNO

Segundo Padilha, os médicos haviam recomendado que ele adiasse seu retorno ao trabalho para a próxima segunda (20), mas "o psicológico disse que eu tinha que voltar".

Em razão a uma cirurgia para a retirada da próstata, Padilha estava de licença desde o último dia 28.

Ainda abatido e um pouco debilitado, o ministro afirmou que precisou voltar para tocar a reforma da Previdência.

"Eu e minha equipe temos a memória disso aqui", disse o ministro sobre a reforma. O texto, que tramita na Câmara, sofre resistência para aprovação inclusive da base aliada, que quer apresentar emendas para modificar pontos considerados importantes pelo governo.

O ministro foi responsável por liderar a elaboração do projeto por parte do Planalto e agora faz grande parte da articulação com os parlamentares.

Mesmo o ministro Henrique Meirelles (Fazenda), que protagonizou diversas discussões com Padilha, disse a assessores que estava preocupado com a ausência do ministro neste que considera um momento crucial para a reforma previdenciária. Com informações da Folhapress.

Leia também: Parte de delação que cita Aécio será tarjada em transcrição, ordena TSE

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