Brasil estuda nova força de paz após fim de missão no Haiti

Destino deve ser Líbano ou algum país africano

© Eduardo Munoz / Reuters

Mundo TROPAS 13/03/17 POR Folhapress

O Brasil quer assumir o comando de uma missão de paz da ONU assim que suas tropas tiverem deixado o Haiti, país em que lideram a força de estabilização desde 2004. O destino deve ser o Líbano ou algum país africano.

PUB

"Estamos estudando as alternativas, enquanto aguardamos o cronograma da ONU", afirmou o ministro Raul Jungmann (Defesa).

Segundo ele, a desmobilização das forças no Haiti, ilha que concentra 970 dos 1.248 militares brasileiros a serviço das Nações Unidas, deverá ser decidida em abril ou maio. Se for rápida, em outubro o grosso do contingente estará fora, mas isso pode ocorrer só no começo de 2018.

"Nossa missão está encerrada", disse Jungmann. Apesar dos problemas de segurança, a instabilidade política que levou a ONU ao país já não é tão aguda.

ma crítica costumeira às Nações Unidas, aliás, é de que o prolongamento de suas intervenções impede o desenvolvimento das instituições locais.

Há hoje 16 missões de paz ativas no mundo. O Brasil já é o comandante do destacamento naval da Unifil, a intervenção iniciada em 1978 após a invasão israelense no Líbano, e a proximidade cultural entre os dois países também a torna desejável.

Outra missão atrativa, embora de alta complexidade, é a Monusco, na República Democrática do Congo. É a maior missão da ONU, com 23 mil integrantes e orçamento anual de US$ 1,6 bilhão, tentando controlar um conflito ativo -106 de seus integrantes já morreram de 1999 para cá.

Entre 2013 e 2015, o general brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz assumiu o comando militar local. A Índia é hoje a maior contribuinte em número de soldados para a missão, que poderiam ser substituídos paulatinamente pelas tropas do Brasil treinadas no Haiti.

Outras missões que interessam ao governo estão na costa ocidental África, como as da Libéria e da Costa do Marfim. Elas são contíguas ao país por meio do Atlântico Sul, e hoje estão respectivamente sob comando militar nigeriano e francês.

O mandato atual das missões pode influenciar a decisão também. No caso do Líbano, o cronograma favorece a intenção brasileira, já que ele expira no fim de agosto. Na Libéria, em setembro, e nas outras missões africanas no primeiro semestre.

Tudo isso depende de negociação entre Brasil e a ONU. Ao longo dos quase 13 anos de existência da Minustah, o nome da missão no Haiti, 36.058 militares passaram pela ilha caribenha. Ao todo, o país gastou R$ 2,55 bilhões nas operações, tendo recebido R$ 930 milhões em reembolsos das Nações Unidas.

Houve momentos de crise na missão. Em 2010, quando um terremoto devastou o Haiti, foi necessária a ajuda americana para facilitar o trabalho de ajuda às vítimas -entre elas, 18 dos 27 militares brasileiros que morreram a serviço da Minustah.

Do lado positivo, além da experiência de comando multinacional, o patrulhamento de favelas haitianas ajudou a capacitar as Forças Armadas para operações urbanas em lugares como o Rio ou o Espírito Santo. Com informações da Folhapress.

Leia também: Estado Islâmico usa gás venenoso em confronto com forças iraquianas

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Emergência Médica Há 4 Horas

Atriz Lisandra Silva é hospitalizada após uso de Ozempic

mundo Eleições Há 4 Horas

EUA: Centro de referência em projeções vê vitória de Kamala

mundo Estados Unidos Há 11 Horas

Kamala e Trump travam o que pode ser o embate mais acirrado da história dos EUA

fama Política Há 9 Horas

Jojo Todynho se revolta com boicote por ser de direita: 'Sou o que quiser'

fama Luto Há 5 Horas

Fãs e familiares se despedem de Agnaldo Rayol em velório na Alesp

politica Justiça Há 10 Horas

Moraes manda Fátima de Tubarão cumprir pena por atos de 8 de janeiro

fama Estados Unidos Há 11 Horas

Rihanna encoraja americanos a irem às urnas: 'Votem, porque eu não posso'

esporte Futebol Há 9 Horas

Flamengo: Bruno Henrique é investigado por suposto esquema de apostas

fama Trabalho Há 21 Horas

Fabio Assunção diz que incentiva filho a trabalhar após 'polêmica'

fama Luto Há 20 Horas

Agnaldo Rayol construiu legado entre a música, a televisão e o cinema