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A morte do adolescente João Victor Souza de Carvalho, de 13 anos, que teria sido agredido por seguranças do Habib's, ganhou mais um capítulo nesta terça-feira (14). A família do garoto questiona o laudo do Instituto Médico Legal (IML), que aponta morte súbita, de origem cardíaca. O caso ainda está sob investigação da polícia e os funcionários da lanchonete continuam afastados.
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De acordo com o superintendente da polícia técnico-científica do IML, Ivan Miziara, não há erro. O parecer do instituto afirma que havia traços de cocaína e de substâncias de lança-perfume no corpo de João Victor. "Mesmo com substâncias em seu organismo, o menino teria morrido se não tivesse sido agredido?", contestou o advogado da família, Francisco Carlos da Silva.
Foi solicitada por Silva a exumação do corpo da vítima. Também foi contratada uma empresa de perícia pela defesa. Há dois pontos do laudo, segundo o legista Levi Miranda, que não foram bem esclarecidos. O primeiro seria o detalhamento sobre como foi colhida a amostra. A segunda, acrescentou, é devido aos alimentos encontrados na árvore traqueal, que, conforme Miranda, a morte pode ter sido causada por broncoaspiração, uma aspiração de conteúdo gástrico ou corpo estranho na árvore traqueobrônquica.
Miziara, no entanto, defende. "Ele foi submetido a um estresse violento, causando uma descarga de adrenalina. Isso pode potencializar o efeito das drogas, mas não posso afirmar que isso aconteceu. Trabalho com provas". O corpo, segundo ele, não apresentava lesão traumática que pudesse justificar a morte.
O Habib's se pronunciou sobre o caso e enalteceu que João Victor foi "resgatado com vida" e não apresentava sinais de agressão. "A empresa esclarece que os envolvidos continuarão afastados e que, após apurações finais, tomará medidas cabíveis."
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