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O secretário estadual de Meio Ambiente de São Paulo, Ricardo Salles, investigado pelo Ministério Público em uma ação de improbidade administrativa, acusou o órgão de demagogia e de abrigar antigos funcionários da pasta que estariam agindo em retaliação. Ele insinuou também que o MP quer ditar os rumos da secretaria.
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As declarações foram dirigidas ao promotor de Justiça Tadeu Badaró, de Ilhabela. Ambos participavam na quarta-feira da semana passada de uma reunião na Câmara Municipal da cidade sobre saneamento básico. Após Badaró criticar a atual estrutura do sistema ambiental paulista, questionando a gestão das unidades de conservação do Estado e dos recursos hídricos, Salles reagiu. "O pouco recurso que nós temos está sendo usado para cumprir um monte de demagogia que o Ministério Público impõe à Secretaria do Meio Ambiente, sem sequer ter corpo técnico para isso." Um áudio com a fala foi enviado ao Estado por várias fontes.
"O Caex, que é o órgão de apoio técnico do MP, está cheio de egresso, de funcionário que participou da Secretaria do Meio Ambiente e saiu de lá por incompetência e hoje faz coisas para retaliar a Secretaria do Meio Ambiente. Por pura demagogia", continuou.
Questionado pelo jornal O Estado de S. Paulo sobre as declarações, disse que foi uma resposta a "exigências absurdas e acusações descabidas apresentadas pelo promotor" e houve "uma acusação e uma grosseria atrás da outra".
Badaró disse que se manifestou de maneira contundente, mas em tom respeitoso. "Não houve qualquer acusação pessoal. Foi uma manifestação dentro de um ambiente democrático. Disse que não se vislumbrava uma prioridade do interesse ambiental na atual gestão estadual." O órgão também se posicionou. "O MP-SP rechaça as críticas infundadas e ressalta que não pretende ditar os rumos da secretaria ou de qualquer outro órgão governamental, mas objetiva o estreito cumprimento da lei para que os direitos consagrados na Constituição sejam efetivos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.