Rio de Janeiro investiga primeira morte suspeita de febre amarela

Óbito investigado ocorreu em Casimiro de Abreu, na Baixada Litorânea

© Fernanda Carvalho/Fotos Públicas

Brasil Saúde 14/03/17 POR Agência Brasil

O estado do Rio de Janeiro investiga a primeira morte suspeita de febre amarela. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) enviou para análise na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) amostras de sangue de Watila Santos, de 38 anos, morador da área rural de Casimiro de Abreu, na Baixada Litorânea. Ele morreu no sábado (11), no hospital municipal da cidade, onde deu entrada com queixas de dor de cabeça, taquicardia, falta de ar, febre e dor no corpo.

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A morte ocorreu no mesmo dia em que a SES anunciou que pediu ao Ministério da Saúde para que o estado seja incluído na área de recomendação de vacina contra a febre amarela. Até agora, nenhum caso da doença foi registrado no estado, mas a intenção da secretaria é expandir a estratégia de vacinação como medida preventiva, que já vem sendo adotada em 30 municípios localizados nas divisas com os estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, onde houve casos confirmados da doença.

Devem ser notificados pelos municípios para investigação os casos de indivíduos residentes ou que tenham retornado em até 15 dias de alguma área com transmissão de febre amarela, que apresentem febre de até 7 dias de duração, acompanhada de dois ou mais dos seguintes sintomas: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, vômitos, coloração amarelada da pele, olhos e mucosas e manifestações hemorrágicas.

Segundo o subsecretário de Vigilância em Saúde da SES, Alexandre Chieppe, 36 casos foram notificados no estado. Nenhum caso de febre amarela transmitida no estado do Rio foi confirmado até o momento.

“Fomos surpreendidos pelo maior surto de febre amarela silvestre da história do país que começou no final de 2016 e vem se alastrando por 2017. Os surtos no Brasil envolviam de 40 a 80 casos de febre amarela. A gente está com 1.456 casos notificados”, disse o subsecretário, durante audiência pública na Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

A SES estima que toda a população do estado, observadas as contraindicações, seja imunizada até o fim deste ano. Ao todo, a estimativa é de que serão necessárias cerca de 12 milhões de doses. Para a primeira etapa, já foram solicitadas 3 milhões de doses ao Ministério da Saúde. A previsão é de que a imunização seja intensificada a partir da última semana deste mês.

Com a campanha, todos os municípios do estado passarão a ser atendidos, alcançando 92 cidades. Bebês com menos 9 meses e pessoas com mais de 60 anos não serão vacinados, já que a imunização não é isenta de riscos. “Não é uma vacina simples. É uma vacina de vírus atenuado e a gente tem maior precaução por causa dos eventos adversos principalmente em alguns grupos específicos”, afirmou Chieppe.

Leia também: Saúde incorpora ao SUS comprimidos de 200 mg para tratamento de HIV

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