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A chamada 'lista de Janot' preocupa o presidente Michel Temer e os membros do Palácio do Planalto. Principalmente depois que informações extraoficiais divulgadas nesta terça-feira (14) garantiram que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito para investigar pelo menos cinco ministros, além de outros aliados, como os líderes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado Federal, Eunício Oliveira.
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Os ministros citados são: Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), Bruno Araújo (Cidades), Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia e Comunicações) e Aloysio Nunes Ferreira (Relações Exteriores).
De acordo com o jornal Estadão, a situação encarada como "a mais delicada" pela equipe de Temer é a de Padilha, que é peça chave da Reforma da Previdência. O caso de Moreira Franco também preocupa, pois ele é bastante próximo do presidente. Se Franco e Padilha caírem, Temer ficaria desprotegido, dizem deputados do PMDB em conversas reservadas.
"Quem você acha que vão querer derrubar depois?", questionou um auxiliar do presidente, que falou com o jornal na condição de anonimato.
O governo que que a lista seja logo divulgada para acabar com o que chama de clima do “fim do mundo”, mas receia que haja “vazamento seletivo” dos nomes.
Apesar de Temer ter garantido anteriormente que a "lista de Janot" não o preocupa, o clima dos bastidores é bem diferente. Além da queda dos aliados deixar o presidente exposto, isso dificultaria a aprovação de reformas em andamento no Congresso, como a da Previdência.
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