Funaro processa José Yunes e indica Temer como testemunha

Ex-assessor do presidente, Yunes declarou à PGR que recebeu o corretor em seu escritório de advocacia em São Paulo, em 2014

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Política ELEIÇÕES 16/03/17 POR Folhapress

O corretor Lúcio Funaro entrou nesta quinta (16) na Justiça contra José Yunes, amigo e ex-assessor do presidente Michel Temer, pelos crimes de injúria e difamação.

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Na ação, protocolada na 7ª Vara Criminal de Brasília, Funaro, preso desde julho do ano passado, indica Temer como uma das cinco testemunhas.

Yunes declarou à PGR (Procuradoria-Geral da República) que recebeu Funaro em seu escritório de advocacia em São Paulo, em 2014.

De acordo com o amigo de Temer, o corretor, apontado como operador do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), levou para ele um "pacote", a pedido de Eliseu Padilha, hoje ministro da Casa Civil.

Yunes disse ainda não saber o que havia dentro do "pacote" e que uma terceira pessoa, da qual ele não se recorda, passou para retirar a encomenda. Yunes diz ter sido"mula involuntária" de Padilha.

O episódio tem sido vinculado à delação premiada de Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht.

Melo Filho afirmou que o escritório de Yunes foi um dos endereços destinatários de pagamentos para campanhas do PMDB. Os valores teriam sido acertados em um jantar no Palácio do Jaburu, em 2014, que contou com a participação de Temer, de Melo Filho, de Padilha e de Marcelo Odebrecht, ex-presidente e herdeiro do grupo.O advogado de Funaro, Bruno Espiñeira, diz que seu cliente "jamais foi operador da Odebrecht" e que "jamais foi levar dinheiro da construtora" no escritório de José Yunes.

Na semana passada, a Folha revelou que outro delator, o ex-diretor da Odebrecht José Filho, em depoimento ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), vinculou uma pessoa de codinome Paulistinha à entrega de dinheiro no escritório de Yunes e disse não conhecer o corretor.

Além de Temer, estão arrolados como testemunhas Padilha, Cláudio Melo, José Filho e Antonio Delfim Netto, ex-ministro da Fazenda. Com informações da Folhapress.

LEIA TAMBÉM: Fachin ordena arquivamento de citações a Aécio Neves em delação

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