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Pai de Rafael Paulo Nunes de Carvalho, uma das 242 vítimas da Boate Kiss, Paulo Carvalho representou a Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) em encontro com a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, nesta quinta-feira (16), em Brasília. A reunião foi para chamar a atenção ao fato de que, quatro anos após o incêndio, nenhum dos réus foram julgados.
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Os dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que teriam acendido sinalizadores na boate, e os dois sócios da boate, seguem em liberdade. Diretor jurídico da associação de familiares, Caralho sugeriu a federalização de processos arquivados e que envolvem entes públicos.
Outra pauta da reunião foi um pedido para que os processos de calúnia e difamação movidos pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul contra pais de sejam extintos. Paulo Carvalho informou ao G1 que a ministra Cármen Lúcia se comprometeu a discutir o pedido com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Por fim, o diretor pede a revisão do inquérito da Procuradoria do Município de Santa Maria que sugere que os jovens morreram por estarem embriagados. "Não há palavras para falar isso, é uma indignação, é uma indecência, extrapola qualquer coisa. É uma sequência de sofrimentos”, desabafou ao site.
A previsão é de que, na próxima quarta-feira (22), o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul analise os recursos dos réus. Entre eles, a decisão de primeira instância, que estabelece que o caso vá a júri popular.
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