© Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
A Operação Lava Jato completa três anos nesta sexta-feira (17) em meio a suspense quanto aos integrantes da 'lista de Janot' e pressões do Congresso. Otimista, o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa em Curitiba, considera que a investigação está "no auge".
PUB
Em balanço enviado à coluna Painel, do site do jornal Folha de S. Paulo, o procurador diz que a Lava Jato é "retrato de uma corrupção que tem raízes profundas em nossa história e tentáculos que abraçam uma multidão de órgãos públicos".
Dallagnol também afirma que "os resultados que a sociedade mais espera virão do trabalho do Supremo Tribunal Federal, em relação a pessoas que têm foro privilegiado".
No texto, o procurador contabiliza 746 buscas e apreensões, 183 pedidos de cooperação internacional, 155 acordos de colaboração com investigados e 10 acordos com empresas, além de 56 acusações criminais em primeira instância, contra 260 pessoas. No total, os julgamentos provenientes da operação já condenaram 130 pessoas, com penas que, somadas, ultrapassam 1,3 mil anos.
"A Lava Jato nos dá o gostinho do país que podemos ter, onde impera a lei para além do reino do papel", afirma. "Precisamos arrancar essa árvore da corrupção, sob risco de termos um Brasil mais corrupto após a Lava Jato", conclui.
LEIA TAMBÉM: Fachin ordena arquivamento de citações a Aécio Neves em delação