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A ausência da Infraero na rodada de concessão dos aeroportos de Porto Alegre, Salvador, Florianópolis e Fortaleza foi um dos atrativos para o sucesso do leilão desta quinta-feira (16).
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Sem a presença de sócios brasileiros, os três grupos europeus arremataram todos os projetos disponíveis.
"Sem atribuir a um único fator, a decisão de investir leva em conta desde o perfil do aeroporto, à experiencia que a empresa já acumulou no país, passando pelo fato de não precisar ter a Infraero como acionista", afirma Eduardo Carvalhaes, sócio do escritório BMA –Barbosa, Müssnich, Aragão, que assessorou a Zurich.
O projeto de Florianópolis foi arrematado pela suíça Zurich por R$ 83 milhões, cerca de R$ 30 milhões acima da proposta mínima inicial. A companhia é uma das que acumulam aborrecimentos após se associar à Infraero na concessão do aeroporto de Belo Horizonte, há três anos.
Segundo informações da Folha de S.Paulo, a alemã Fraport levou os aeroportos de Fortaleza, por R$ 425 milhões, e Porto Alegre, por R$ 290,5 milhões.
"Se você quer passar para a iniciativa privada o serviço público é porque você quer ter o dinamismo privado. Mas, quando coloca um estatal, você engessa a empresa", diz o advogado Fernando Villela, sócio do Siqueira Castro Advogados, que assessorou a Fraport.
Já a francesa Vinci levou o Aeroporto de Salvador por R$ 660 milhões, muito acima da oferta mínima exigida pelo leilão, de R$ 310 milhões.
De acordo com a publicação, a francesa foi a única que entrou no leilão em consórcio, formado por duas empresas do grupo Vinci.