© Reuters
O presidente dos Estados Unidos Donald Trump disse em seu primeiro encontro com a chanceler alemã Angela Merkel nesta sexta-feira (17) que a imigração "é um privilégio, e não um direito", e que a "segurança dos cidadãos deve vir em primeiro lugar". Merkel, por sua vez, fez declarações mais amenas e demonstrou algum desconforto ao lado de Trump.
PUB
A declaração foi dada por Trump em referência ao decreto dele que proíbe a entrada de cidadãos de seis países de maioria muçulmana no país. Já Merkel, permitiu a entrada de milhões de refugiados na Alemanha.
Sobre a reunião realizada pouco antes, Merkel contou que eles discutiram questões imigratórias: "temos que proteger as nossas fronteiras externas, trabalhar com base nos interesses mútuos que temos com os nossos vizinhos. Imigração e integração devem ser trabalhados, mas isso deve ser feito olhando para os refugiados também, dando a eles oportunidades de construir suas vidas onde eles estão, ajudar países que agora não são capazes de ajudá-los. E trocamos opiniões sobre isso", disse.
O presidente americano afirmou ter reiterado o seu "forte apoio à Otan" na conversa com Merkel, mas lembrou que os países têm de pagar a sua parte. "Muitas nações devem vastas quantidades de dinheiro (à Otan), e é muito injusto para os EUA", reclamou o americano.
Quando questionado sobre as acusações de que o ex-presidente Barack Obama teria realizado escutas na Trump Tower durante as eleições, o presidente aproveitou para dar mais uma alfinetada em Merkel: "Pelo menos, parece que temos algo em comum", disse Trump se referindo, sem citar, aos grampos feitos pela CIA, segundo Edward Snowden, contra líderes mundiais, incluindo Merkel.
No fim da entrevista coletiva, eles apertaram as mãos.
Leia também: Merkel chega à Casa Branca; Trump se recusa a cumprimentá-la