© Reuters / Nacho Doche
Dois meses após a rebelião em que 26 presos morreram no Complexo Penitenciário de Alcaçuz, em Natal (RN), o presídio ganhou cerca, reforço de agentes penitenciários e um muro, que passou a dividir os 1.296 detentos.
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O secretário da Sejuc (Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania) do Rio Grande do Norte, Walber Virgulino, assumiu que apesar das melhorias realizadas na penitenciária desde o início dos tumultos, no dia 14 de janeiro, a situação ainda é preocupante.
"No Estado, todo dia a gente espera uma crise no sistema penitenciário. O clima é tenso e todos trabalham esperando que aconteça algo. Nas penitenciárias do Brasil, em qualquer unidade, pode acontecer o que aconteceu em Alcaçuz. Mas estamos trabalhando para evitar que isso aconteça", afirmou em entrevista ao portal R7.
A presidente Sindasp (Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado do Rio Grande do Norte), Vilma Batista, diz que o clima de insegurança tem afetado o trabalho dos agentes penitenciários.
"A gente continua com as atividades, ainda sem estrutura. Hoje temos a vulnerabilidade dos agentes e dos presos. Nenhum agente trabalha com segurança. Sentimos que podem acontecer a qualquer momento novas crises e rebeliões. E a tensão aumenta a cada dia por falta de condições de trabalho e de estrutura", declarou.
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