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O governo pretende enviar ainda neste domingo (19) um comunicado aos países importadores de carne brasileira atestando a qualidade do que é produzido no país e relatando as medidas que foram tomadas pelo Ministério da Agricultura depois de deflagrada a operação Carne Fraca, na sexta (17).
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Preocupado com o estrago que a operação pode causar às exportações, o presidente Michel Temer começou uma série de reuniões neste domingo no Palácio do Planalto.
Neste momento, Temer se encontra com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi. Na entrada do Planalto, o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Luiz Eduardo Rangel, afirmou que, nas avaliações feitas pelo ministério, foi constatado que "não existe risco sanitário" no país.
Temer pediu que Blairo Maggi apresentasse um relatório detalhado das ocorrências divulgadas pela PF. Na avaliação de assessores do presidente, houve exagero da PF ao divulgar com "estardalhaço" problemas pontuais.
A operação revelou um esquema de corrupção envolvendo servidores do Ministério da Agricultura e frigoríficos. Em troca de propina, fiscais permitiam que regras fitossanitárias fossem burladas. Houve casos de carne estragada sendo "reanimada" com substâncias proibidas e cancerígenas. Foram citados o JBS e a BRF, líderes das exportações brasileiras de carne.Durante o sábado (18), técnicos da área de Inspeção Sanitária do Ministério trabalharam com os dados para entregar um relatório ao ministro Maggi.O ministro apresentará ao presidente Temer os laudos periciais dos produtos relacionados à operação. Para isso, foram enviados funcionários da consultoria jurídica do ministério para Curitba (PR), onde estão.
Na sequência, Temer se reunirá com representantes do agronegócio. Estão confirmadas a presença dos presidentes da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne), Antônio Camardelli, da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), Francisco Turra, e do presidente da CNA (Confederação Nacional da Agricultura), João Martins.
Inicialmente, estava prevista uma reunião com embaixadores de países importadores da carne brasileira, mas Temer decidiu fazer a reunião às 17h. (Folhapress)