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Nesta segunda-feira (20), a União Europeia informou que poderá suspender temporariamente a importação de carne das empresas envolvidas na investigação da Operação Carne Fraca. China, Coreia do Sul e Chile também tomaram decisões restritivas ao mercado brasileiro.
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O porta-voz da Europa para assuntos de Saúde, Enrico Brivio, disse em uma coletiva de imprensa em Bruxelas que o bloco "garantirá que quaisquer dos estabelecimentos implicados na fraude sejam suspensos de exportar para a UE". Contudo, afirmou que essa suspensão não afetará nas negociações de livre-comércio em curso entre a União Europeia e o Mercosul.
Segundo informações do UOL, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, disse que irá divulgar ainda nesta segunda a lista com o nome e os dados das empresas citadas nas investigações e para quais países elas exportaram nos últimos dois meses.
De acordo com a publicação, a suspensão acontece um dia depois da reunião do presidente Michel Temer com embaixadores de 33 países. Para Temer, os casos investigados pela PF são pontuais, não havendo qualquer problema estrutural.
Uma força-tarefa foi anunciada para fiscalizar, "sob regime especial", os 21 frigoríficos supostamente envolvidos na operação da PF.
Em outra declaração, Maggi chamou as conclusões da PF de "idiotices". Segundo ele, houve "erros técnicos" na operação, já que alguns frigoríficos cumpriram normas permitidas pela legislação, apesar da negativa da PF.
"A narrativa nos leva até a criar fantasias. Não estou dizendo que não tenha sentido a investigação. Quando estamos falando "fiquem tranquilos", é porque a gente conhece a maior parte do nosso sistema, 99% dos produtores de alimentos fazem as coisas certas", disse o ministro.
A operação deflagrada pela PF na sexta foi a maior de sua história e revelou que cerca de 30 empresas do setor, incluindo as gigantes JBS, dona da Friboi a da Seara, e a BRF, adulteravam a carne que vendiam nos mercados interno e externo.
De acordo com a PF, auditores do ministério da Agricultura recebiam propinas para aliviar na fiscalização, liberando produtos irregulares.
Iniciada há dois anos, a investigação começou graças à uma denúncia de um fiscal do ministério.