Clima frio retêm poluentes que fazem mal à pele; veja como remediar

A poluição também degrada colágeno, induz mensageiros pró-inflamatórios e faz a pele perder radiância e brilho

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Lifestyle Pele Saudável 21/03/17 POR Notícias Ao Minuto

A baixa umidade do ar e o clima frio de inverno colaboram para a chamada inversão térmica, fenômeno climático comum em grandes centros urbanos em que a camada de ar fria, por ser mais pesada, acaba descendo e ficando próxima à superfície terrestre, retendo poluentes. Isso resulta, invariavelmente, em um maior número de problemas não só respiratórios como dermatológicos, afinal os poluentes também geram radicais livres, explica o consultor e pesquisador em Cosmetologia Lucas Portilho, farmacêutico e diretor científico da Consulfarma.

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"Estudos epidemiológicos sobre o impacto da poluição demonstram que as substâncias em partículas afetam o desenvolvimento e a exacerbação de doenças dermatológicas Esses processos levam ao aumento de doenças cutâneas inflamatórias, degradação do colágeno e envelhecimento da pele", explica o consultor e pesquisador em Cosmetologia Lucas Portilho, farmacêutico e diretor científico da Consulfarma. "É fundamental incluir o uso de substâncias antioxidantes e antipoluição na rotina de beleza, principalmente aqueles que moram em grandes centros urbanos", acrescenta.

De acordo com a dermatologista Dra. Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia, a poluição libera metais tóxicos (pesados) e particulados, todos ligados à formação de radicais livres que resultam em envelhecimento precoce, ou seja, aparecimento de flacidez, linhas de expressão, graças à destruição do colágeno. "Com a formação de radicais livres e produção de espécies reativas de oxigênio (superóxido e hidroxila), a poluição induz ao estresse oxidativo, secreta citocinas pró-inflamatórias (TNF-α, IL-1α e IL-8) e colabora com o aumento de metaloproteinases (MMP-1, MMP-2 e MMP-9) - que fazem o processo de ruptura e destruição das fibras elásticas e do colágeno)", explica.

Para evitar os danos cumulativos da poluição, o ideal é utilizar vitaminas, substâncias antioxidantes e ativos antipoluição. Lucas explica que os cosméticos antipoluição tem alguns mecanismos de atuação diferenciados, como a formação de um escudo biomimético ou um filme de proteção sobre a pele, algo muito comum em fotoprotetores. "Além disso, eles também possuem atuação antioxidante, promovendo reparo e, principalmente, impedindo os mensageiros pró-inflamatórios que levam ao dano celular." O pesquisador comenta que há três novidades já disponíveis nas farmácias de manipulação:

Exo-P — O ativo antipoluição Exo-P é um polissacarídeo altamente purificado de um micro-organismo da Polinésia Francesa e pode ser manipulado em sabonete, espuma ou fluido de limpeza. "Exo-P é um antipoluente que reduz a adesão das PM 2,5 (partícula 100 vezes menor que um fio de cabelo), além de ‘sequestrar’ metais pesados. Além disso, o ativo reduz a atividade dos radicais livres, protege a pele e a integridade celular contra os poluentes, inclusive fumaça de cigarro", explica Lucas. A concentração de 1% do ativo é suficiente, com uso preferencialmente noturno ou conforme orientação médica. Complementar à limpeza, o uso de cremes de tratamentos anti-idade e antipoluição pode ser feito duas vezes ao dia, em formulações com Exo-P (3%), Vitamina C (3%) e Niacinamida (3%). "A Vitamina C vai ajudar no reparo da pele, ao mesmo tempo em que estimula colágeno; enquanto a Niacinamida possui ação hidratante e estimuladora do fibroblasto", diz o pesquisador.

Pollushield — O ativo protege a pele contra os danos induzidos pela poluição graças à combinação de um polímero com propriedade quelante de metais e uma ação antioxidante mais potente que resveratrol, ácido ferúlico e vitamina E. "O ativo induz à redução da concentração de malondialdeído, um biomarcador ligado ao estresse oxidativo; há um importante papel protetor, já que o ativo proporciona uma barreira entre a pele e os poluentes, além de aumentar a defesa antioxidante da pele", afirma Lucas. Pode ser manipulado em produtos de limpeza e cremes reparadores.

Pollustop — É um polissacarídeo de alto peso molecular, obtido por biotecnologia, que possui a capacidade de formar um filme sobre as superfícies da pele e do cabelo. "Age como uma barreira contra os três tipos de estresse causados pela poluição atmosférica, radiação UV e doméstica, envolvendo agentes químicos, e assim limita os danos causados extra e intracelularmente", explica Lucas. Pollustop pode ser manipulado em produtos de higiene e limpeza.

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