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O governo da Ucrânia proibiu a entrada por três anos da cantora pop Yulia Samoilova no país após a russa ter visitado a região da Crimeia - anexada pela Rússia em 2014 de maneira polêmica. Com isso, ela não poderá concorrer ao famoso festival de cantores Eurovision, que ocorrerá em território ucraniano. Samoilova, que possui deficiência nas pernas e se locomove com cadeira de rodas desde a infância, se apresentou na Crimeia em 2015 sem a "autorização" do governo de Kiev e foi considerada "culpada" por isso.
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Para o ministro ucraniano das Relações Exteriores, Pavel Klimkin, a indicação da Rússia para o Eurovision foi "uma provocação" e reafirmou que "a lei deve ser aplicada para todos".
Por sua voz, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, negou que o país quis provocar os ucranianos e disse que a artista "foi escolhida por um canal de TV". "Trata-se de um concurso internacional e o país-sede deve respeitar as suas regras", acrescentou Peskov.
Após saber da decisão de Kiev, o vice-ministro russo das Relações Exteriores, Grigori Karasin, classificou a medida de "cínica e desumana".
Ucrânia e Rússia estão em "crise diplomática" desde 2013, quando os ucranianos acusaram os russos de estarem por trás dos movimentos separatistas do país. No ano seguinte, eles anexaram o território da Crimeia, causando uma crise internacional - e uma guerra civil - na Ucrânia. (ANSA)