Inter busca empate contra o Ypiranga e leva taça nos pênaltis

Um drone carregando um pano onde a letra B era destaque rondou o estádio Colosso da Lagoa

© Ricardo Duarte/Internacional

Esporte gaúcho 22/03/17 POR Folhapress

Foi mais complicado do que o Inter imaginava. Depois de sair atrás, o Colorado sofreu bastante, jogou pouco, mas conseguiu empatar com o Ypiranga em 1 a 1 nesta quarta-feira (22), em Erechim. Brenner, de pênalti, aos 40 do segundo tempo, evitou o pior. Mas nos pênaltis, o Colorado levou o bicampeonato da Recopa Gaúcha graças a duas defesas de Danilo Fernandes, que definiu placar de 4 a 3.

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O resultado, construído com muito sofrimento, fez com que o time vermelho não deixasse a zona de classificação à próxima fase do Gauchão (valia por Recopa e Gauchão ao mesmo tempo). Com 11 pontos, o Colorado se manteve na linha de avanço, condição que perderia caso fosse derrotado. Já o Ypiranga, com 7, manteve-se na zona de rebaixamento.

Pela Recopa, obrigou-se a disputar os pênaltis. Nas cobranças, todos acertavam até Danilo Fernandes defender a batida de Eder. Em seguida, ainda pegou a de Márcio Lima, definindo o resultado.

O Inter saiu atrás graças a uma falha da defesa. Léo Ortiz deixou a bola passar após lançamento que veio do goleiro rival. Talles Cunha (ex-Inter) passou entre ele e Danilo Fernandes e só desviou para as redes. O nervosismo tomou conta. O time de Antonio Carlos Zago já era desorganizado desde o começo do jogo e ficou cada vez mais longe do ideal. No 'abafa' acabou conseguindo a penalidade e o gol salvador.

CANETAS

O torcedor do Inter que acompanhou Talles Cunha entre 2008 e 2009 como promessa da base do time relembrou o que de melhor ele pode mostrar. Foi o autor do gol do Ypiranga quem deu ares de qualidade a um jogo pobre. Distribuiu canetas em Rodrigo Dourado, Anselmo e Ortiz. E foi perigoso a partida inteira.

DECEPÇÃO

Léo Ortiz errou no lance do gol do Ypiranga. O jovem zagueiro do Internacional calculou mal a trajetória da bola, viu ela passar pelo seu lado e Talles Cunha abrir o placar.

ESTREIA

Victor Cuesta estreou pelo Inter. Mas longe da zaga. Foi lateral esquerdo e mostrou que ali não é seu lugar. Quando precisava dar opção na saída de jogo ou mesmo aparecer no ataque, ficava evidente que não tinha qualidade para isso. Com um a menos no início das jogadas, o Colorado criou praticamente nada.

DESORGANIZADO

O Internacional de 2017 prima pela organização. Mesmo nos jogos em que não vai bem tecnicamente, o Colorado mostra-se um time em que cada jogador sabe o que fazer com e sem a bola. Não foi o caso nesta quarta-feira. Talvez prejudicado pela falta de jogadores importantes, o Colorado acabou desorganizado no gramado do Colosso da Lagoa. Deu espaços, não assumiu o comando do jogo e foi o Ypiranga criar as principais jogadas da etapa inicial. Os raros momentos de lucidez ofensiva da equipe de Porto Alegre partiram dos pés de D'Alessandro, destaque técnico do jogo.

DEFESA FALHA

O jogo encaminhava-se para um fim de primeiro tempo sem grandes oportunidades. Até uma falha feia. O goleiro Carlão deu um lançamento longo, a bola chegou a quicar e Léo Ortiz deixava para Danilo Fernandes. Mas não viu que Talles Cunha se aproximava e chegou antes na bola, encobrindo o goleiro vermelho. O Ypiranga saiu na frente e levou vantagem para os vestiários. "Eu achei que a bola correria mais. O campo segurou. O jogador deles foi esperto e conseguiu fazer o gol", disse Ortiz na saída de campo. "Não podemos ter um erro bobo desses", cobrou Brenner. "Muito ruim, foi muito ruim", lamentou D'Alessandro.

PRESSÃO

O Internacional melhorou no segundo tempo. Pressionou, rondou o gol defendido por Carlão. Ainda desorganizado, o Colorado forçou tanto que conseguiu um gol aos 25 minutos. Brenner marcou mas foi anulado por impedimento. Até que aos 36 um cruzamento de Andrigo acertou a mão de um defensor rival. Pênalti marcado e convertido por Brenner, evitando a derrota do Inter e levando a decisão da Recopa para os pênaltis.

DRONE

Um drone carregando um pano onde a letra B era destaque rondou o estádio Colosso da Lagoa. Em alusão à queda do Inter para a segunda divisão nacional, o equipamento repete o que houve no ano passado, quando um sobrevoou o Beira-Rio em jogo do Brasileirão. (Folhapress)

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