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O ministro da Fazenda Henrique Meirelles garantiu em entrevista concedida à TV Globo nesta sexta-feira (24) que o aumento de impostos será "temporário", se houver. Ao mesmo tempo, o político admitiu que a carga tributária no país é "muito elevada" e que uma outra alternativa para aumentar as arrecadações seria suspender isenções de tributos concedidas a empresas.
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Quando questionado sobre o relatório divulgado nesta semana pelo governo que informa que a arrecadação federal em 2017 será menor do que a prevista e que faltaria R$ 58 bilhões para fechar o orçamento, Meirelles afirmou que "tudo indica que será necessário" e "mandatório" fazer o reajuste nos tributos.
Eu não diria que [a saída com aumento de impostos] é inevitável, mas é quase que mandatória, no sentido de que, se nós corremos o risco de paralisar coisas essenciais para o país – e nós não temos essa possibilidade –, então nós poderemos fazer, se for aumento de imposto, será temporário. Aumento de imposto temporariamente e volta, digamos assim, em 2018, para a alíquota normal."
Algumas isenções fiscais para determinadas indústrias que foram dadas na esperança de que isso fosse fazer o Brasil crescer muito no governo passado, e que não cresceu. Nós estamos em recessão, então isso não funcionou. Então, o que mostra é que algumas retiradas desses subsídios e isenções não têm efeito na economia e vai aumentar a arrecadação, o que significa, na prática, o que estamos chamando de aumento de tributos."
O ministro disse que o governo tem ressaltado desde agosto do ano passado que o governo fará tudo o que for preciso para não aumentar os imposto, pois, além da carga tributária ser elevada, não se pode aumentar os tributos de forma "pura e simples".
Não adianta matar a galinha dos ovos de ouro. Isto é, arrancar mais subsídios da União. A União [...] continua com problemas fiscais e, com isso, a economia vai para baixo de novo. Resumo: a ideia é que a economia cresça e a dona Maria possa ter inflação baixa, juro mais baixo, porque está tudo indo muito bem, emprego e renda."
Meirelles explicou na entrevista que o rombo de R$ 58 bilhões deve cair para R$ 44 bilhões, pois o governo estima arrecadar cerca de R$ 14 bilhões com receitas que dependem de decisões judiciais.
"R$ 44 bilhões seria o máximo [a ser contingenciado]. Agora, o que tem que se decidir é: 'Quanto disso será corte realmente dessas despesas?', 'O limite qual é? Não paralisar o governo, não paralisar a Previdência, não paralisar os hospitais, as escolas e o atendimento básico do governo."
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