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"Durante duas semanas, a Comissão se comprometeu de forma forte, abrangente e construtiva a considerar as formas mais eficazes de promover mudanças para as mulheres no mundo do trabalho", disse a diretora-executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka.
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Mlambo-Ngcuka disse que "nunca houve qualquer desculpa para a desigualdade que existe" em todos os países, mas que o mundo assiste hoje ao "crescimento de uma intolerância saudável, que vai forçar uma mudança firme e positiva. "
A Comissão para Estatuto da Mulher, reunida nas duas últimas semanas, é o maior encontro da ONU sobre igualdade de gênero e contou com a participação de 162 estados-membros e 3.900 representantes, de 580 organizações da sociedade civil.
Nas conclusões do encontro, os estados membros alertaram que a desigualdade salarial no mundo ainda está em 23% e que ocorre em todos os países. Ressaltando que as carreiras das mulheres não devem sofrer quaisquer desvantagens devido à gravidez e à maternidade, as conclusões salientam a necessidade de garantir que as mulheres e os homens tenham acesso à licença parental paga.
As conclusões apontam um conjunto de medidas que inclui o aumento da flexibilidade nas modalidades de trabalho, facilitação da amamentação para mães que trabalham, adaptação dos sistemas educativos para permitir que adolescentes grávidas, e mães solteiras, completem a sua educação, e mudanças legais e políticas que combatam o assédio sexual no local de trabalho e melhorem o acesso serviços de saúde sexual e reprodutiva.
Pela primeira vez, a comissão discutiu também a transição das trabalhadoras domésticas e do setor de cuidados para a economia formal, dizendo que essa mudança melhoraria o estatuto econômico das mulheres e aumentaria a sua proteção.
"Este ponto é preocupante porque muitas das mulheres empregadas na economia informal e trabalho menos qualificado são imigrantes e especialmente vulneráveis a abusos e exploração", explica o documento final do encontro. Com informações da Lusa.
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