© REUTERS / Paulo Whitaker
Em entrevista na manhã desta terça-feira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou sobre as eleições no PT, sobre o julgamento da ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer, fez duras críticas ao PSDB e voltou a chamar de golpe o impeachment de Dilma Rousseff.
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Com roupa de ginástica, após realizar exercícios físicos, Lula garantiu ao programa de Geraldo Freire, na Rádio Jornal, que o nome de Gleisi Hoffmann está 90% certo para presidir o Partido dos Trabalhadores.
"Ontem eu estive em uma reunião da principal corrente política do partido, mostrei para eles a importância de mantermos a unidade da sigla com todas as forças políticas, hoje conversarei com o senador Lindbergh Farias (que também é candidato) e outros nomes, e espero que a gente chegue no congresso do PT altamente unificado, para construir a fortaleza do partido para a disputa presidencial em 2018", disse.
Lula também falou sobre o jolgamento da chapa Dilma-Temer. "Eu espero que os ministros que vão julgar o caso, com base nos autos do processo, tomem a decisão acertada. Eu estou convencido da inocência da Dilma, até pq a Justiça Eleitoral já aprovou as contas dela e já aprovou as contas do Temer", pontuou.
Ele também criticou a postura do PSDB, que entrou com a ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Eu acho que o PSDB tentou fazer um carnaval logo depois que perdeu as eleições de 2014. Não tem procedimento essa queixa do PSDB".
Ao ser questionado se concordava com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que defendeu as eleições indiretas em entrevista à Folha de S. Paulo desta terça-feira (4), Lula disse que sim, mas antes alfinetou o tucano.
"O que eu acho que está acontecendo com o Brasil é que as pessoas que deram o golpe não estão sabendo o que fazer com o país. As pessoas afirmaram que o problema era a Dilma e o PT, mas um ano do impeachment o Brasil está pior".
E depois completou: "Mas concordo que seria importante convocar as eleições diretas o mais rápido possível. É preciso que a gente tenha um presidente eleito democraticamente para o país volta a ter credibilidade, para as instituiçoes voltarem a funcionar e para o Brasil andar para a frente".
Sobre o governo Temer, ele disse que que o Brasil vive uma crise de credibilidade. "Tem um componente na política que chama-se credibilidade. Se você tem um governo que não goza de credibilidade junto ao povo, às instituições, aos empresários e à mídia internacional, nada do que esta autoridade presidencial decida tem valor".
Questionado a respeito da sua candidatura em 2018, o ex-presidente foi cauteloso. "Eu estou na expectativa".
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