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Após a divulgação de que a Fox News e Bill O'Reilly, estrela da emissora conservadora, pagaram US$ 13 milhões a cinco mulheres para que não denunciassem o apresentador por assédio sexual, pelo menos 11 empresas retiraram seus anúncios do programa "The O'Reilly Factor".
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Entre as companhias que não queriam mais seu nome associado ao de O'Reilly, estão Mercedes-Benz, Hyundai, BMW, Mitsubishi e Bayer.
Segundo uma reportagem do "New York Times" publicada no último sábado (1º), as mulheres que teriam sofrido assédio trabalhavam ou contribuíam com o programa, como convidadas.
Documentos com testemunhos das mulheres mostram que o assédio teria ocorrido por meio de conversas, aproximações indesejadas e até telefonemas em que o apresentador sugeria estar se masturbando do outro lado da linha.
Ele teria um padrão, segundo as mulheres: oferecia ajuda profissional ou participação no programa em troca de relações sexuais. A comentarista Wendy Walsh, que aparecia com frequência no "The O'Reilly Factor" disse ao "New York Times" que, em 2013, ele prometeu a ela conseguir um papel na Fox News, mas voltou atrás depois que ela recusou um convite seu para ir a um hotel com ele.
O'Reilly, 67, tem o programa desde 1996. No ar de segunda a sexta-feira, com apresentação às 20h e às 23h, o "Factor" tem audiência de quase 4 milhões de espectadores por noite, e teve mais de US$ 446 milhões em propaganda de 2014 a 2016, segundo a consultoria Kantar Media.
Mesmo sabendo dos casos de assédio, a Fox News estendeu o contrato do apresentador, que estava previsto para expirar neste ano. O'Reilly ganha cerca de US$ 18 milhões por ano. Com informações da Folhapress.
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