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No Brasil, em torno de 40% das população brasileira sofrem com problemas de varizes, em maior ou menor grau. Trata-se de uma doença com incidência bastante frequente, principalmente entre as mulheres – 32 de cada 100 mulheres chegam aos 30 anos com veias escuras e inchadas. A escleroterapia com espuma, uma nova técnica eficaz e bem mais simples que a cirurgia, promete acabar com o desconforto de uma forma menos agressiva.
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Com a ajuda de um ultrassom, é injetado um medicamento que forma espuma diretamente no vaso. A substância se expande, gruda nas paredes internas da veia e empurra o sangue para fora. Uma das principais vantagens desta técnica é que pode ser realizada no consultório, sem cortes, internação nem anestesia. “A técnica pode ser indicada tanto como tratamento estético, no caso dos vasinhos, quanto das varizes de grosso calibre, ou seja, para tratar a doença venosa crônica”, comenta Gilberto Narchi Rabahie, cirurgião vascular do HCor.
As veias dilatadas sinalizam que o sangue bombeado para os membros inferiores não está retornando ao coração como deveria. Aos poucos, devido ao acúmulo de sangue nas pernas, o quadro evolui e pode causar complicações sérias, como dores fortes, feridas e, em casos extremos, trombose. Fatores genéticos são importantes fatores desencadeantes, assim como trabalhar por longos períodos em pé ou sentado.
O método, segundo explica Dr. Rabahie, é seguro e pode ser aplicado em pessoas portadoras de doenças crônicas, como hipertensão, diabetes, que já tenham sofrido um infarto ou tenham doenças reumáticas, por exemplo. E a melhor época para recorrer ao tratamento é no inverno. “Os tratamentos disponíveis, geralmente, exigem que os pacientes utilizem meias e evitem a exposição ao sol por, no mínimo, um mês. Isso evita o aparecimento de manchas e hematomas”, diz.
Sintomas e prevenção
O diagnóstico é eminentemente clínico. Ou seja, é imprescindível passar por uma avaliação médica. “A consulta com um médico é importante porque, às vezes, é possível que haja microvarizes ou mesmo varizes em estágio subcutâneo. Cada caso precisa ser verificado com muito cuidado e atenção para evitar agravos à saúde do paciente”, ressalta o cirurgião.
Os sintomas clássicos, como perna pesada, cansada - principalmente ao fim do dia -, edema, inchaço nos tornozelos, entre outros podem ser amenizados com exercícios aeróbicos, como a caminhada, por exemplo. Se aliado a alguns cuidados simples, como elevar as pernas sempre que possível e fazer uso das meias elásticas de compressão, os sintomas podem ser amenizados.