© Carlos Barria / Reuters
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, conversou por telefone com o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, sobre a situação na Síria depois dos ataques aéreos dos Estados Unidos uma base síria.
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Segundo o ministério russo, Lavrov afirmou que "um ataque contra um país que combate o terrorismo só ajuda os extremistas e cria mais ameaças à segurança global e regional".
Na quinta-feira (6), os EUA lançaram mísseis contra a base de Shayrat, de onde teriam decolado as aeronaves sírias acusadas de fazer um ataque químico que deixou pelo menos 90 mortos, entre eles 30 crianças. O governo sírio nega a autoria do ataque.
No telefonema, Lavrov disse a Tillerson que não corresponde à realidade afirmar que as forças sírias usaram armas químicas em Idlib no dia 4 de abril.
Segundo o comunicado do ministério, os dois concordaram em continuar as discussões pessoalmente. Tillerson deve ir a Moscou para reuniões com autoridades russas na próxima semana.
O governador da província de Homs confirmou neste sábado (8) que a base síria atingida pelo bombardeio americano voltou a funcionar.
O exército sírio afirmou na sexta-feira (7) que o ataque com 59 mísseis Tomahawk causou danos extensos à base.
"O aeroporto voltou a funcionar, nesta primeira fase", disse Talal Barazi, governador da província de Homs. "Aviões já decolaram de lá."
Segundo o Observatório Sírio para Direitos Humanos, ONG de oposição ao regime baseada em Londres, caças decolaram da base na sexta-feira (7) e fizeram bombardeios em regiões controladas pelos rebeldes a leste de Homs.
No momento do ataque, a base tinha sido evacuada, graças ao aviso do governo russo, que está apoiando Assad.Segundo uma fonte, apenas alguns poucos caças que não estão em uso foram destruídos.
Os EUA avisaram a Rússia que iriam atacar. Com informações da Folhapress.
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