© Ammar Abdullah / Reuters
O Reino Unido disse neste domingo que a Rússia assumiu a responsabilidade por mortes civis na Síria na semana passada, causada por um ataque de gás venenoso, que Washington diz ter sido realizado pelo governo do presidente sírio, Bashar al-Assad.
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Pelo menos 80 pessoas morreram no que os Estados Unidos dizem ser um ataque com armas químicas na Síria controlada pelos rebeldes. O ataque levou os americanos a disparar 59 mísseis de cruzeiro em uma base aérea da Síria.
Damasco e Moscou negaram que as forças sírias estejam por trás do ataque com gás, mas os países ocidentais rejeitaram sua explicação de que os produtos químicos vazaram de um depósito de armas rebelde após um ataque aéreo.
A Rússia alertou que os ataques de mísseis dos EUA podem ter sérias consequências para a região.
O secretário de Defesa britânico, Michael Fallon, criticou o apoio da Rússia a Assad, descrevendo o ataque químico como um crime de guerra que aconteceu "sob vigilância".
Em uma coluna publicada no jornal "The Sunday Times", Fallon apontou a responsabilidade da Rússia, como "principal apoio" do regime de Bashar al-Assad."Indiretamente, a Rússia é responsável por cada morto civil da semana passada. Se a Rússia quiser ser absolvida de qualquer responsabilidade nos ataques futuros, Vladimir Putin deve fazer com que sejam respeitados seus compromissos de desmantelar de uma vez por todas o arsenal de armas químicas de Assad e se comprometer plenamente com os esforços das Nações Unidas a favor da paz", escreveu o ministro.
"Por poder, a Rússia é responsável por cada morte civil na semana passada", escreveu Fallon, cujo governo expressou apoio à decisão do presidente Donald Trump de atacar a base aérea da Síria.
"Se a Rússia quiser ser absolvida da responsabilidade por futuros ataques, o presidente Vladimir Putin precisa cumprir compromissos, desmantelar o arsenal de armas químicas de Assad e se envolver plenamente com o processo de paz na Síria".
Neste domingo, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia criticou a decisão do ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, Boris Johnson, de cancelar uma visita a Moscou para o fim de abril, afirmando que mostra uma falta de compreensão dos acontecimentos na Síria. Com informações da Folhapress.
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