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Muitas mulheres em idade fértil não conseguem engravidar por causa da endometriose. Apesar de incômodo, o problema possui tratamento e pode ser solucionado por profissionais especializados. A endometriose acontece quando o tecido mucoso que reveste o útero, denominado endométrio, cresce em outras regiões do sistema reprodutivo feminino.
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De acordo com o médico e fisioterapeuta Juliano Pimentel, durante o ciclo menstrual, os ovários produzem hormônios que engrossam a parede do útero (endométrio) para receber o óvulo fertilizado. Caso o óvulo não seja fertilizado, ocorre a menstruação, ou seja, este tecido é despreendido do útero e sai. Quando a endometriose afeta os ovários, é chamado de "Saco de Douglas". Os sintomas mais comuns de endometriose são: menstruação dolorosa (dismenorreia) ou irregular; dor durante a relação sexual; dor durante a evacuação; dor ao urinar; sangramento excessivo durante a menstruação; sangramento entre ciclos; digestão dolorosa; prisão de ventre; náusea; dor lombar crônica e dor abdominal; dor pélvica; infertilidade; dor nas articulações; dor nos nervos; fadiga crônica e inchaço. Os sintomas variam de mulher para mulher.
Apesar de a origem da endometriose não ser clara, os cientistas acreditam que há uma forte ligação genética, mas uma coisa é certa: a doença não é contagiosa. Entre os tratamentos disponíveis, estão a melhora da alimentação, com exclusão dos alimentos que causam inflamação, como laticínios, alimentos processados, açúcares refinados, cafeína e carboidratos, álcool e soja, que possuem altos níveis de estrogênio, devem ser eliminados da dieta também, e a inclusão de alimentos que combatem a inflamação, como vegetais de folhas verdes, aipo, beterraba, brócolis, amora, salmão, abacaxi, caldo de osso, nozes, óleo de coco, cúrcuma e gengibre. Alimentos ricos em magnésio como abacate, amêndoas, bananas, acelga e espinafre ajudam a aliviar o útero e reduzir a dor e alimentos como fígado, bife de carne, espinafre, gema de ovo, ameixas secas, alcachofra e couve ajudam a repor o ferro perdido nos sangramentos. Por fim, incluir alimmentos com ômega-3, como nozes, salmão, truta, atum, sardinhas, anchovas e cavalas, ajudam a reduzir a inflamação.
Outro tratamento para a dor pélvica disponível é a acupuntura, segundo o médico, que cita um estudo de Harvard que comprova a eficácia do procedimento. De acordo com Dr. Sergio dos Passos Ramos, em certos casos o profissional pode indicar medicamentos ou cirurgias para resolver o problema.