G7 não assina declaração sobre mudanças climáticas por causa dos EUA

Dúvidas sobre política ambiental de Trump travaram o processo

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Mundo Impasse 10/04/17 POR Ansa

A reunião dos ministros de energia do G7, ocorrida nos últimos dois dias em Roma, terminou sem uma declaração conjunta devido às mudanças de posição dos Estados Unidos em relação às políticas ambientais, anunciou o governo italiano nesta segunda-feira (10).   

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"Não foi possível assinar uma declaração conjunta com todos os pontos analisados porque, neste momento, o governo dos Estados Unidos se encontra em um processo de revisão da política energética", disse o ministro italiano Carlo Calenda, que presidiu o encontro.

"Houve um debate muito construtivo com os representantes dos EUA e não há nenhum tipo de racha", concluiu o ministro de Desenvolvimento Econômico, negando rupturas na mesa de diálogos.   

"Respeitamos o fato dos Estados Unidos estarem analisando a própria posição", disse. A reunião de energia do G7 em Roma terminou apenas com uma declaração da Presidência temporária da Itália à frente do grupo que reúne os sete países mais ricos e que, desde 2014, baniu a Rússia e suspendeu o G8.

"Na qualidade de presidente do G7, a Itália está focada em encontrar um terreno comu para colocar em evidência o que nos deixa unidos. Tivemos um longo debate sobre vários temas, principalmente segurança energética", disse o governo em um comunicado.

Os líderes italianos explicaram que houve consenso em pontos como segurança energética da Ucrânia, o importante papel que o gás natural desempenhará no futuro e a cibersegurança. "Com exceção dos EUA, foi confirmado por parte dos outros membros do G7 e pela União Europeia o compromisso de implantação do Acordo Climático de Paris", explicou o comunicado.

Eleito em novembro do ano passado à Presidência dos EUA, o magnata Donald Trump analisa se aplicará ou não o Acordo Climático de Paris, alcançado depois de anos de intensas negociações.

O republicano já anunciou que discorda do tratado e adotou recentemente medidas que anulam as políticas de preservação ambiental promovidas durante a gestão de Barack Obama.

Nesta segunda-feira, é a vez dos ministros das Relações Exteriores do G7 sentarem à mesa na Itália. Os encontros temáticos antecedem a cúpula de chefes de Estado e de Governo que ocorrerá em 26 e 27 de maio, em Taormina. (ANSA)

Leia também: Países consideram 'compreensível' ataque dos EUA

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