Moody's eleva nota de crédito da Petrobras, com perspectiva positiva

Foi a segunda agência a melhorar a nota da estatal este ano

© Reuters

Economia Avaliação 10/04/17 POR Folhapress

A agência de classificação de risco Moody's anunciou nesta segunda-feira (10) a revisão da classificação de risco da Petrobras, que subiu de B2 para B1. Foi a segunda agência a melhorar a nota da estatal este ano - em fevereiro, a Standard & Poors (S&P) tomou decisão semelhante.

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Com a revisão desta segunda-dwue, a Petrobras está agora a quatro degraus da zona onde se encontram as empresas mais bem avaliadas pela Moody's. A agência rebaixou a Petrobras para categoria de maior risco em fevereiro de 2015.

No comunicado desta segunda, a Moody's mudou a perspectiva da nota da Petrobras de estável para positiva, o que significa que poderá subir a classificação da empresa novamente, caso veja nova melhora em sua situação financeira.

A agência diz que a liquidez e as métricas financeiras da companhia apresentaram evolução nos últimos trimestres, como resultado de menores investimentos, maior disciplina operacional e a valorização do real frente ao dólar, que melhorou os custos.

Além disso, cita a nova política de preços dos combustíveis, que melhoraram a flexibilidade para sustentar as margens de venda dos produtos e a fatia de mercado da estatal.

"A Moody's reconhece que a gestão da Petrobras mostrou comprometimento com suas metas financeiras e operacionais, como visto em operações de refinanciamento recentes, na disciplina no uso do caixa, no crescimento da produção e na queda dos custos", afirmou a agência.

Por outro lado, mantém preocupação com riscos de liquidez, uma vez que a Petrobras tem US$ 19 bilhões em dívidas vencendo nos próximos dois anos, período em que o caixa da empresa ainda estará pressionado pelos baixos preços do petróleo no mercado internacional.

Novas revisões positivas podem ser consideradas, diz a Moody's, se a companhia arrecadar valores suficientes em seu programa de venda de ativos, se tiver sucesso em operações para refinanciar sua dívida ou fortalecer sua liquidez com melhorias operacionais e financeiras. Com informações da Folhapress.

Leia também: Superávit da balança na 1ª semana de abril é de US$ 1,596 bilhão

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