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Mesmo negando ser presidenciável pelo PSDB para as eleições de 2018, o prefeito tucano de São Paulo, João Doria, rivalizou mais uma vez com o provável candidato petista à presidência, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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"Lula, você não é salvador de nada", disse Doria durante a abertura do 30º Fórum da Liberdade, na tarde desta segunda-feira (10), na PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul), em Porto Alegre.
O evento promove a ideologia liberal de Estado mínimo e reúne figuras ligadas ao MBL (Movimento Brasil Livre), como o vereador paulistano Fernando Holiday (DEM).
Doria disse que sua declaração não teve "nenhum viés de candidatura" e que falava por "emoção".
Apesar de destacar os escândalos de corrupção que envolvem o PT, Doria não falou das citações aos principais nomes tucanos na Lava Jato: o senador Aécio Neves, o governador paulista, Geraldo Alckmin, e o ex-ministro José Serra (PSDB).
"Lula, você não é salvador de nada. Você quase destruiu o Brasil e o sonho de milhões de brasileiros, de milhões de jovens, de milhares de crianças", disse antes de ser interrompido por palmas.
"Você não vai destruir outra vez o sonho de o Brasil ser um país honesto, um país decente que sabe seus valores", concluiu o prefeito.
Doria ainda disse que a bandeira do Brasil "não é vermelha", uma alusão à bandeira do PT e à cor símbolo do comunismo. O prefeito assegurou que nas repartições públicas municipais de São Paulo apenas a bandeira "verde e amarela" é usada.
O prefeito afirmou que é preciso combater a miséria para evitar que Lula diga, "daqui a dois anos", que "quer ser o salvador do Brasil".
JOVENS E ANTIPETISMO
Doria também falou sobre a necessidade do "Estado eficiente" em vez do "Estado mínimo" e destacou as economias da prefeitura com corte de 31% nos cargos indicados por partidos e por evitar o uso de mais de mil automóveis oficiais.O prefeito também elogiou a atuação das consultorias privadas como PGQP e MBC na gestão pública. No RS, a atuação das consultorias tem gerado polêmica devido ao conflito de interesses.
GOURMET
A fila para assistir Doria era tão longa que adquiriu o formato de "S" para caber no saguão. Ali, food trucks vendiam opções de lanches gourmet.
Por R$ 65 era possível levar para casa uma camiseta com os dizeres "be nice, don't be a communist" (seja legal, não seja um comunista, em inglês) ou uma camiseta com a estampa de uma caveira "esperando o socialismo dar certo".
Quatro garotos eram os primeiros da fila. Com idades entre 14 e 18 anos, disseram que votarão em Doria para presidente em 2018, se ele for candidato.Caso Doria não seja candidato, estão divididos entre o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e o empresário Roberto Justus.
O estudante de direito Breno Gallo, 18, votaria em Bolsonaro como segunda opção, mas não o considera suficientemente liberal: "ele tem ideias protecionistas para a economia".
Já os colegas disseram simpatizar com as ideias de Justus, mas ainda têm esperança de que Doria possa concorrer: "ele é mais experiente", disseram. Com informações da Folhapress.
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