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Os colegas de sala de Maria Eduarda, da Escola municipal Jornalista Daniel Piza, em Fazenda Botafogo, na zona norte do Rio, receberão atendimento psicológico individualizado no colégio. Membros do time de vôlei e basquete que a menina integrava, bem como professores, funcionários e estudantes também poderão se consultar.
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A estudante Maria Eduarda Alves da Conceição, de 13 anos, morreu no pátio da escola enquanto fazia educação física no dia 30 de março. Ela foi alvejada por três balas perdidas de um confronto entre policiais militares e homens armados.
Após quase uma semana sem aulas, a escola retomou parcialmente as atividades nesta segunda-feira (10). Na semana que vem, a unidade de ensino vai realizar atividades artísticas aproveitando a oferta de diversas instituições.
Na tentativa de diminuir o impacto da violência, a unidade de ensino enviou uma carta ao prefeito Marcelo Crivella e ao secretário municipal de Educação César Benjamin fazendo 11 reivindicações, como a construção de uma série de "aparelhos municipais" na área da escola. "Acreditamos que a existência de outros aparelhos municipais na área do entorno da escola retiraria deste espaço aqueles que não são interessantes ao convívio escolar", escreveu no documento.
Os professores pediram também "um posto do Centro de Referência de Assistência Social, uma Lona Cultural, uma Clínica da Família, um espaço de convivência e um Centro Esportivo, que pode ser a transformação da nossa quadra em ginásio batizado com o nome de Maria Eduarda, utilizado pela comunidade fora do horário escolar", além de uma reunião com o comando da PM em até cinco dias úteis.
Em referência à blindagem que Crivella disse que faria nas escolas, a carta cita que a "blindagem necessária é a blindagem social do entorno do equipamento escolar".
Ainda segundo o Extra, o secretário de Educação já recebeu a carta e está se movimentando a para atender às reivindicações.
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