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O ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin determinou a abertura de inquérito para investigar o ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes (PMDB) e o deputado federal Pedro Paulo (PMDB-RJ).
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O pedido se baseia nas delações dos executivos da Odebrecht Leandro Azevedo, Benedicto Jr. e Luiz Eduardo da Rocha Soares.
Segundo a PGR (Procuradoria-Geral da República), o delator Leandro Azevedo relatou ter repassado R$ 3 milhões de reais a Pedro Paulo para sua campanha a deputado federal em 2010. As transações teriam sido intermediadas por Eduardo Paes, por meio de Benedicto Jr., o BJ.
Em 2012, teria havido novas solicitações de pagamento de propina para "a facilitação de contratos relativos às Olimpíadas de 2016". De acordo com os delatores, nessa ocasião foram repassados R$ 16 milhões a Paes, sendo R$ 11 milhões no Brasil e R$ 5 milhões por meio de contas no exterior.
Já em 2014, segundo o pedido de inquérito, Pedro Paulo teria solicitado pagamento de R$ 300 mil em caixa dois para campanha à prefeitura, sendo o pedido novamente intermediado por Paes. Pedro Paulo concorreu a deputado federal nessa eleição.
Ainda de acordo com os delatores, o apelidos de Paes nas planilhas de propina da Odebrecht seria "Nervosinho".
A investigação é uma entre 83 que foram determinadas pelo ministro no dia 4 de abril. Elas haviam sido pedidas no dia 14 de março pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Eles serão investigados por corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. As informações são da Folhapress.
O OUTRO LADO
Procurado pelo jornal O Dia, o ex-prefeito negou as acusações e emitiu uma nota. Leia abaixo:
"Eduardo Paes afirma que é absurda e mentirosa a acusação de que teria recebido vantagens indevidas por obras relacionadas aos Jogos Olímpicos. Ele nega veementemente que tenha aceitado propina para facilitar ou beneficiar os interesses da empresa Odebrecht. E reitera que jamais aceitou qualquer contrapartida, de qualquer natureza, pela realização de obras ou projetos conduzidos no seu governo. Paes ressalta que nunca teve contas no exterior e que todos os recursos recebidos em sua campanha de reeleição foram devidamente declarados à Justiça Eleitoral."