Nova regra da transição traz ganho fiscal para os cofres públicos

No médio e longo prazo, porém, a mudança na transição tiraria 20% da economia almejada pelo governo

© Pixabay

Economia Reforma da Previdencia 12/04/17 POR Folhapress

 As mudanças nas regras de transição devem trazer ganho para os cofres públicos no curto prazo, dizem os economistas Fabio Giambiagi, especialista em Previdência, e Pedro Schneider, responsável pela análise de contas públicas do banco Itaú BBA.

PUB

Na proposta original, homens a partir de 50 anos de idade e mulheres a partir de 45 anos poderiam se aposentar após pagar um pedágio, sem idade mínima definida.

Uma trabalhadora do setor privado, por exemplo, com 48 anos de idade e 29 de contribuição, precisaria completar os 30 exigidos hoje e pagar seis meses de pedágio. Poderia parar aos 49,5 anos.

Já a regra de transição que está sendo negociada terá idade mínima para todos. Mesmo no cenário mais brando aventado até agora (52 anos para mulheres e 57 para homens), isso eleva a idade média de aposentadoria por tempo de contribuição.

PERDA DE 40%

No médio e longo prazo, porém, a mudança na transição tiraria 20% da economia almejada pelo governo, calcula Schneider. Como foi proposta, a regra representaria 1,4 ponto dos 2% do PIB que o governo poderia economizar em 2025. A nova regra reduz o ganho para 1 ponto.

Essa perda, de 0,4 ponto, representa 20% da economia prevista (os cálculos incluem cortes de despesas e possíveis altas de receita). Os outros 20% perdidos, segundo o Itaú BBA, viriam de mudanças em benefícios assistenciais, pensões, aposentadorias rurais e idade mais branda para professores e policiais.

"As negociações já eram esperadas e não afetam a proposta principal", diz o economista Pedro Nery, da Consultoria Legislativa do Senado.Giambiagi diz que o crucial é garantir a idade mínima de 65 anos para todos ao final da transição.

Para a equipe econômica, mais do que aliviar os cofres públicos, manter o cerne da reforma é importante para garantir a trajetória de queda de juros, estabilizar a dívida pública como proporção do PIB e reaquecer a economia.

Em conversas com economistas do mercado financeiro, o governo ouviu que não deve haver impacto nos juros se 70% da reforma for aprovada. A equipe econômica acredita que preservará 80%.

Para o especialista em contas públicas Raul Velloso, "o governo deveria informar com transparência o impacto que cada negociação tem em relação à proposta original".Velloso diz que, além da economia de gastos, a reforma deve eliminar regras injustas. "Mantê-las representa gastar na Previdência dinheiro que poderia ser usado em outras coisas, ou manter uma tributação muito mais alta que a necessária." Com informações da Folhapress.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

economia Dinheiro Há 14 Horas

Entenda o que muda no salário mínimo, no abono do PIS e no BPC

tech Aplicativo Há 14 Horas

WhatsApp abandona celulares Android antigos no dia 1 de janeiro

brasil Tragédia Há 8 Horas

Sobe para 14 o número desaparecidos após queda de ponte

mundo Estados Unidos Há 15 Horas

Momento em que menino de 8 anos salva colega que engasgava viraliza

fama Condenados Há 23 Horas

Famosos que estão na prisão (alguns em prisão perpétua)

fama Realeza britânica Há 7 Horas

Rei Chales III quebra tradição real com mensagem de Natal

fama Emergência Médica Há 15 Horas

Gusttavo Lima permanece internado e sem previsão de alta, diz assessoria

brasil Tragédia Há 15 Horas

Vereador gravou vídeo na ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira pouco antes de desabamento

fama Hollywood Há 10 Horas

Autora presta apoio a Blake Lively após atriz acusar Justin Baldoni de assédio

brasil Tragédia Há 15 Horas

Mãe de dono da aeronave que caiu em Gramado morreu em acidente com avião da família há 14 anos