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O estresse físico e emocional são alguns dos fatores que impulsionam a síndrome do coração partido. Considerado um problema raro que provoca sintomas semelhantes aos de um infarto, como dor no peito, falta de ar ou cansaço, e que surge em períodos de grande estresse emocional, como durante uma separação ou após o falecimento de um familiar, por exemplo, esta síndrome tem maior incidência em mulheres com idade perto dos 40 anos, mas pode surgir em qualquer idade, afetando também os homens.
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A síndrome do coração partido normalmente é considerada uma doença com origem psicológica. Porém estudos hemodinâmicos mostram que, durante a síndrome, os ventrículos do coração não contraem corretamente, simulando um infarto do miocárdio e resultando numa imagem semelhante a um coração partido. Há anos o problema é estudado. Mas como combater essa situação tão perigosa?
De acordo com o fisiologista do esporte do HCor (Hospital do Coração), Diego Leite de Barros, a prática de exercícios físicos como a corrida ou mesmo a simples caminhada têm efeito benéfico. Além dos benefícios da atividade física para evitar este quadro clínico, os efeitos psicológicos positivos, que envolvem quem é ativo regularmente, são essenciais.
“Em primeiro lugar, é importante a sociabilidade, em pares ou em grupos de esportistas. Com isso, reduzem o isolamento social que eventualmente atinge algumas pessoas. Outros efeitos psicológicos aparecem, como aumento da autoestima, alívio mais efetivo do estresse e mudança da autoimagem, que melhora até entre os mais tímidos. Os grandes males da vida moderna, como a ansiedade e depressão, têm uma evolução bem mais favorável mesmo nos que necessitaram de medicação em algum momento do seu tratamento”, esclarece Diego Leite de Barros.
Os resultados são positivos porque todos se ajudam de uma maneira ou outra. As disputadas partidas de tênis, vôlei e futebol se tornam verdadeiros momentos de psicoterapia em grupo. Além do ganho na autonomia individual advindos dessa terapia psicológica, as pessoas se tornam amigas e mais felizes quando estão em grupos de atividades esportivas”, explica o fisiologista do esporte do HCor.
Segundo o cardiologista e especialista em infarto do HCor, Dr. Leopoldo Piegas, sentir-se com o “coração partido”, seja por um término de relacionamento afetivo, pela morte de uma pessoa querida, pela perda do emprego ou outra forte emoção, que nos cause aquela dor no peito ou aperto no coração, e nos faz sentir como se fôssemos morrer, passou de problema de relações interpessoais ou emoções contundentes, que era resolvido por meio de conversas ou pelo tempo, para o patamar de síndrome.
A Síndrome do Coração Partido: a cardiomiopatia do estresse, também conhecida como síndrome do coração partido tem por característica uma disfunção transitória do coração (ventrículo esquerdo) ocasionada por descarga excessiva de adrenalina na corrente circulatória que pode ser desencadeada, geralmente, por estresse emocional.
A síndrome do coração partido foi definida pela American Heart Association como uma cardiomiopatia adquirida primária, e é responsável por 1% a 2% dos casos de síndrome coronariana aguda, que consiste em qualquer grupo de sintomas atribuídos à oclusão das artérias coronárias. Geralmente, a pessoa que apresenta este tipo de cardiomiopatia tem início súbito de insuficiência cardíaca congestiva, juntamente com forte dor no peito e alterações no eletrocardiograma que sugerem infarto do miocárdio.
Causas da síndrome do coração partido:
Morte inesperada de um familiar ou amigo
Ser diagnosticado com uma doença grave
Perder uma grande quantidade de dinheiro
Ser separado da pessoa amada, através de divórcio, por exemplo.
Estas situações provocam um aumento da produção de hormônios do estresse no organismo, que podem gerar contração de alguns vasos cardíacos, lesando o coração.
Sintomas da síndrome do coração partido:
Aperto no peito
Dificuldade para respirar
Tonturas e vômitos
Perda de apetite ou dor no estômago
Raiva, tristeza profunda ou depressão
Dificuldade para dormir
Cansaço excessivo
Perda de autoestima, sentimentos negativos ou pensamento suicida.
Normalmente, estes sintomas surgem após uma situação de grande estresse e podem desaparecer sem tratamento. No entanto, caso a dor no peito seja muito forte ou o paciente tenha muita dificuldade para respirar, é recomendado ir ao pronto socorro para fazer exames, como eletrocardiograma e exames de sangue, para avaliar o funcionamento do coração.