Britânicos confirmam uso de arma química na Síria

Incidente com armas químicas na província de Idlib, na Síria, matou cerca de 80 pessoas e feriu mais 200 civis

© Omar Sanadiki / Reuters

Mundo Gás 12/04/17 POR Notícias Ao Minuto

Cientistas britânicos encontraram substância semelhante a gás sarin em amostras obtidas na cena de um incidente químico na província de Idlib na Síria.

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"Cientistas de armas químicas… analisaram amostras obtidas de Khan Sheikhun, que testaram positivo para o agente neuro-sarin ou uma substância semelhante a sarina", disse o embaixador do Reino Unido na ONU, Matthew Rycroft ao Conselho de Segurança da ONU. "O Reino Unido compartilha, portanto, a avaliação dos EUA de que é altamente provável que o regime tenha sido responsável por um ataque com gás sarin contra Khan Sheikhoun em 4 de abril".

Na data referida, um incidente com armas químicas na província de Idlib, na Síria, matou cerca de 80 pessoas e feriu mais 200 civis.

A Coligação Nacional Síria de Forças Revolucionárias e de Oposição, bem como uma série de estados ocidentais, acusou as tropas do governo sírio de realizarem o ataque, enquanto Damasco refutava essas alegações, com uma fonte do exército sírio dizendo à Sputnik que o exército não possuía armas químicas.

O Ministério da Defesa russo disse em 5 de abril que o ataque aéreo perto de Khan Shaykhun pela força aérea síria atingiu um armazém terrorista que armazenou armas químicas para entrega no Iraque e pediu uma investigação adequada sobre o incidente ao Conselho de Segurança da ONU.

O presidente russo, Vladimir Putin, disse no dia 6 de abril que as acusações sem fundamento quanto ao incidente de armas químicas no Idlib da Síria eram inaceitáveis antes da investigação sobre o assunto ter sido realizada.

No entanto, o incidente foi usado como pretexto para um ataque de mísseis dos EUA contra a base aérea de Ash Sha'irat realizada no final de 6 de abril. O presidente dos EUA Donald Trump caracterizou o ataque como uma resposta ao suposto uso de armas químicas pelas tropas do governo sírio O ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, disse que foi uma violação da lei internacional.

O líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, descreveu o ataque de mísseis dos EUA contra o aeródromo sírio como um erro estratégico.

Premonição da guerra?

Em uma entrevista exclusiva com a Fox Business, o presidente dos EUA, Donald Trump, culpou a situação atual na Síria sobre o apoio de Moscou a Assad, chamando o líder sírio de "animal".

No início deste ano, o presidente sírio, Bashar Assad, disse que o governo do país nunca usou armas de destruição em massa, incluindo armas químicas, contra o povo sírio. Além disso, sob um acordo entre a Rússia e os Estados Unidos após o incidente com gás sarin em 2013, Damasco aderiu à Convenção sobre a Proibição de Armas Químicas e concordou em destruir suas reservas sob a supervisão da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ).

Em janeiro de 2016, a OPAQ anunciou que todas as armas químicas na Síria haviam sido destruídas (Sputnik Brasil).

Leia também: Em Cuba, países da Alba apoiam Maduro e criticam OEA

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