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Um estudo aponta a inteligência artificial também reproduz preconceitos enraizados na sociedade como o machismo. A pesquisa publicada na última edição da revista científica Science mostra que os computadores aprendem não só o significado da palavra, como também incorporam o sentindo mais usado. Por exemplo, enquanto nomes femininos são ligados a termos relacionados à família, palavras masculinas se relacionam a termos profissionais.
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Para fazer a pesquisa, o software foi calibrado com diversos textos da internet que somavam, ao todo, mais de 840 bilhões de palavras. Com a ‘leitura’ dos textos, a inteligência artificial conseguia aprender a semântica das sentenças conforme o seu uso mais comum pela sociedade. Na prática, podemos observar o que aconteceu com a palavra 'inseto', que foi fortemente relacionada com o termo 'asqueroso'.
No caso desta pesquisa, os termos femininos foram ligados a palavras como 'casamento'. Enquanto os nomes masculinos eram relacionados a 'salário' e ' profissional'.
“Temos uma situação em que esses sistemas de inteligência artificial podem estar perpetuando padrões históricos de viéses que podemos achar socialmente inaceitáveis e dos quais poderíamos estar tentando nos afastar”, diz Arvind Narayanan, um dos autores do estudo e professor de ciência da computação da Universidade de Princeton.
Com estes resultados, o grupo de pesquisadores pretendeu mostrar a necessidade destas tecnologias serem desenvolvidas de modo a não disseminarem preconceitos.
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