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Considerada uma das receitas italianas símbolos da celebração da Páscoa, a colomba pascal é um doce que não pode faltar à mesa de muitos brasileiros durante a Semana Santa. Com aroma suavemente cítrico, maciez e açúcar na medida, a receita foi criada entre 560 e 572 d.C na região de Lombardia, ao norte da Itália, quando o rei Alboíno teria ganho de um padeiro da cidade de Pavia um doce com o formato de uma pomba, que simboliza a paz. O monarca, que até então estava transtornado devido aos problemas da guerra e à resistência militar na cidade italiana, teria se acalmado e desistido de sua vingança após receber o presente.
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Desde então, a típica receita italiana, batizada de Colomba ("Pomba", em tradução livre), se tornou para boa parte da população um símbolo da paz. No entanto, a maioria dos religiosos acreditam que a iguaria representa a presença do Espírito Santo. A confeiteira do ateliê Lu Bonometti Biscotti & Dolcezze, Luciana Bonometti, diz que a principal diferença entre a colomba pascal e o panetone "está na quantidade de ingredientes que vai na massa. A colomba é um pouco mais pesada, ao contrário da massa do panetone", afirmou.
Segundo Bonometti, na receita natalina também "é acrescentado raspas de limão, além de raspas de laranja". Especialista na receita, a doceira, que aprendeu as técnicas típicas dos italianos na cidade de Brescia, leva mais de 48 horas para produzir o doce.
"A colomba pascal é feita em três etapas, nas duas primeiras é preciso alimentar o fermento, já que ele é um ser vivo. Depois que a massa estiver pronta aí coloca as frutas cristalizadas ou gotas de chocolate. Somente depois que cobrir, a gente leva ao forno", explicou Bonometti.
Antes de assar, é possível colocar damasco e até pedaços de amêndoas na cobertura da colomba. No entanto, é preciso tomar cuidado para não colocar nenhum ingrediente pesado por cima da massa para não atrapalhar o crescimento do pão.
Outras variações de coberturas como marshmallow, doce de leite e brigadeiro podem ser usados a critério de quem for produzir a receita. Por sua vez, Bonometti afirma que o uso desses doces foge da tradição "e pode ser tudo menos Colomba Pascal", enfatizou. (ANSA)