Temer deve se encontrar com Trump ainda em 2017, diz embaixador

Líderes 'vão discutir o que querem para a agenda bilateral, e podem discutir alguns assuntos regionais, como uma solução pacífica para a Venezuela', afirma Sergio Amaral

© Reuters

Mundo EUA 17/04/17 POR Folhapress

O presidente Michel Temer deve se encontrar com o presidente dos EUA, Donald Trump, ainda neste ano. A informação foi divulgada nesta segunda (17) pelo embaixador do Brasil em Washington, Sergio Amaral.

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Na conversa que os dois mandatários tiveram por telefone, em março, Trump havia convidado Temer para ser recebido na Casa Branca, não tinha uma previsão de data.

Segundo Amaral, os dois governos estão conversando sobre uma possível data ainda em 2017, e não descartam que o encontro ocorra à margens da Assembleia-geral da ONU, em Nova York, em setembro.

"Vai haver um encontro neste ano, as relações são muito boas, as duas conversas que o presidente Temer teve com o presidente Trump foram muito positivas", disse o embaixador, num evento na Universidade George Washington.

Segundo ele, entre os temas que deverão ser tratados está uma "solução pacifica" para a crise na Venezuela. Ele contudo, disse que uma coordenação sobre Venezuela seria feita no nível regional, e não bilateral com os EUA.

"Eles vão discutir o que querem para a agenda bilateral, e podem discutir alguns assuntos regionais, como uma solução pacífica para a Venezuela", afirmou.

Amaral voltou a defender a posição do governo brasileiro de que a relação entre os países não deve ser afetada sob Trump porque o Brasil tem deficit na balança comercial com os EUA -e, portanto, não está no radar dos "problemas" do presidente americano.

Questionado, contudo, se o Brasil não tem ambição de diminuir o deficit, que foi de US$ 4,1 bilhões em 2016, o embaixador disse que uma relação deficitária não é ruim para o Brasil.

"Fui criado com essa mentalidade de que os deficits são ruins e os superavits são bons. Essa não é mais a percepção no Brasil", disse. "O que se tem que fazer é ser mais competitivo, exportar mais, mas também importar. Ao importar, vamos aumentar a capacidade da nossa competição." Com informações da Folhapress.

Leia também: EUA deixaram o mundo à beira de uma guerra nuclear, diz embaixador

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