© Marcos Corrêa/PR
Na tentativa de diminuir a oposição social à reforma da Previdência, o governo Michel Temer vai veicular campanha publicitária na qual compara a atual resistência à mudança na aposentadoria ao receio inicial com as campanhas de vacinação e com a privatização da telefonia no país.
PUB
Com o mote "tudo o que é novo assusta", a inserção televisiva, à qual a reportagem teve acesso, afirma que, apesar das queixas iniciais, a vacinação tornou-se indispensável no país e a privatização da telefonia possibilitou que "todo brasileiro tenha um celular".
A privatização da Telebrás foi realizada em 1998. Já a Revolta da Vacina ocorreu em 1904, quando moradores do Rio se rebelaram contra a vacinação obrigatória contra a varíola e a vistoria de suas casas.
A propaganda cita ainda como exemplos de iniciativas que tiveram reclamações iniciais e depois foram aceitas pela população o uso do cinto de segurança, a criação do Plano Real e o advento das redes sociais.
"Agora o novo é a reforma da Previdência. Muitos questionam, mas sem ela o Brasil pode quebrar. Outros governos tentaram resolver, mas não conseguiram. E quanto mais tempo demorar, pior vai ficar", afirma.
A campanha publicitária cita ainda a situação financeira do Rio de Janeiro e afirma que o governo estadual "já não consegue pagar seus aposentados em dia", diz.
A ideia é que a publicidade seja veiculada a partir desta semana, após a apresentação nesta quarta-feira (19) do novo relatório da proposta.
A estratégia é tentar conseguir um apoio da iniciativa junto a setores da sociedade para reforçar a pressão sobre a base aliada, evitando novos atrasos na votação da proposta. Com informações da Folhapress.
Leia também: Com recuos do governo, reforma da Previdência terá economia 20% menor