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Dilma Rousseff ministrou palestra, nessa terça-feira (18), na Universidade George Washington, nos Estados Unidos. Na ocasião, também participou de um bate-papo com o público e respondeu a perguntas feitas pela plateia.
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A ex-presidente não poupou críticas a nomes que surgem como possíveis candidatos à Presidência nas eleições de 2018, a exemplo do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), e do apresentador de TV Luciano Huck.
Ela chegou a comparar os dois nomes aos tecnocratas construídos pela ditadura militar, a partir da “noção de que tinha de se higienizar a política”.
"Não podemos impedir e achar que alguém não tem o direito de concorrer. O problema é se eu voto ou se eu concordo em votar numa proposta pretensamente apolítica. Eu acho que qualquer proposta apolítica é tecnocrática. O que é ser tecnocrata? […] Ele surge com a ditadura. Ele é um produto direto da ditadura. Eles constroem a noção de que tinha de se higienizar a política. E, ao higienizar a política, se criam os grandes técnicos, acima do voto direto, das carências da democracia, da incapacidade do nosso povo de ser mestre de si mesmo. O tecnocrata vinha decidir e fazer as escolhas políticas adequadas e a gestão adequada da atividade econômica, da atividade administrativa. Agora, surgiu um outro tipo, ou dois tipos.”
Sobre Doria, Dilma ainda comentou que ele é empresário e não político. "Economia, no sentido do empresário, é cuidar de si mesmo, dos seus interesses. Não necessariamente uma pessoa que cuida de si mesmo com eficiência, dos seus interesses, será uma pessoa que corresponderá aos anseios do seu povo.”
Ela também não perdoou a possível candidatura de Huck. “As pessoas confundem auditório de um show de mídia com a solução dos problemas sociais. […] 'Eu fui lá, chamei uma senhora, trouxe no meu programa, resolvi o problema dela. Veja como eu sou competente'. Vá resolver o problema de 56 milhões de pessoas para ver se é assim, com essa facilidade!”, disparou.
A ex-presidente também falou sobre as investigações contra Lula, considerando-as uma “campanha de destruição de reputação.” ''Se o Judiciário quiser afastá-lo, terá de pensar bastante, porque são muito frágeis as provas contra ele'', opinou.
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